A presidente da Petrobras,
Graça Foster, teve um encontro reservado com a presidente Dilm Rousseff, onde Foster teria proposto entregar o cargo e dos demais diretores da empresa, em função dos escandalos revelados na operação "Lava Jato", O encontro não constou
da agenda oficial da presidente Dilma e aconteceu ontem, em Brasilia.
Ontem também, o jornal "Valor Econômico" revelou que uma ex-gerente enviou e-mails para a presidente da Petrobras Graça Foster onde alertava à presidente sobre desvios de dinheiro de dinheiro na empresa.
Na conversa com Dilma, Graça Foster discutiu a crise na
estatal. A avaliação dela é de que, independentemente das
suspeitas, o desgaste chegou a tal ponto que a gestão da empresa está
comprometida, opinião compartilhada por outros diretores da companhia.
Esse ponto de vista foi colocado diretamente por Graça Foster à presidente da
República em mais de uma ocasião durante o encontro entre elas. (de acordo com fontes que presenciaram uma parte do encontro reservado entre as duas presidentes).
Os interlocutores de Dilma, dentro do Palácio do Planalto, afirmam que a presidente da república
não deu nenhum sinal de que pretende trocar o comando da Petrobras, a confiança de Dilma quanto a seriedade e a competência de Graça Foster é suficiente para superar todas as turbulências causadas pelas denúncias da operação "Lava a Jato".
Porém, essa não é a opinião da própria Graça Foster, que chegou à conclusão de que somente uma nova diretoria poderá
superar a atual crise da empresa e resgatar a confiança dos investidores quanto ao retorno do crescimento da Petrobrás e da reconstrução da sua credibilidade.
Na visão de Foster, o entendimento é de que um novo
presidente e um novo diretor financeiro, recrutados fora dos quadros da
empresa e com liberdade para compor a equipe, poderiam completar a
diretoria das áreas técnicas com quadros da própria Petrobras.
Independente disso, continuam os questionamentos sobre qual o verdadeiro papel de Graça Foster frente a todos esses escandalos que continuam a aparecer dentro da empresa. Afinal, a presidência da estatal sabia ou não dos desvios, e se sabia, por que não tomou nenhuma medida capaz de estancar a sangria de dinheiro público que vinha ocorrendo na empresa?
Em qual Graça Foster devemos acreditar, na gestora competente e austera na qual acredita o Planalto ou na presidente conivente/incompetente, que não conseguiu gerir de forma correta a maior empresa do País?
Afinal, qual é a verdadeira Graça?
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