sábado, 13 de dezembro de 2014

Qual é a Graça?

A presidente da Petrobras, Graça Foster, teve um encontro reservado com a presidente Dilm Rousseff, onde Foster teria proposto entregar o cargo e dos demais diretores da empresa, em função dos escandalos revelados na operação "Lava Jato", O encontro não constou da agenda oficial da presidente Dilma e aconteceu ontem, em Brasilia.

Ontem também, o jornal "Valor Econômico" revelou que uma ex-gerente enviou e-mails para a presidente da Petrobras Graça Foster onde alertava à presidente sobre desvios de dinheiro de dinheiro na empresa.

Na conversa com Dilma, Graça Foster discutiu a crise na estatal. A avaliação dela é de que, independentemente das suspeitas, o desgaste chegou a tal ponto que a gestão da empresa está comprometida, opinião compartilhada por outros diretores da companhia. 

 Esse ponto de vista foi colocado diretamente por Graça Foster à presidente da República em mais de uma ocasião durante o encontro entre elas. (de acordo com fontes que presenciaram uma parte do encontro reservado entre as duas presidentes).

Os  interlocutores de Dilma, dentro do Palácio do Planalto,  afirmam que a presidente da república não deu nenhum sinal de que pretende trocar o comando da Petrobras, a confiança de Dilma quanto a seriedade e a competência de Graça Foster é suficiente para superar todas as turbulências causadas pelas denúncias da operação "Lava a Jato".

Porém, essa não é a opinião da própria Graça Foster, que chegou à conclusão de que somente uma nova diretoria poderá superar a atual crise da empresa e resgatar a confiança dos investidores quanto ao retorno do crescimento da Petrobrás e da reconstrução da sua credibilidade.

Na visão de Foster, o entendimento é de que um novo presidente e um novo diretor financeiro, recrutados fora dos quadros da empresa e com liberdade para compor a equipe, poderiam completar a diretoria das áreas técnicas com quadros da própria Petrobras.

Independente disso, continuam os questionamentos sobre qual o verdadeiro papel de Graça Foster frente a todos esses escandalos que continuam a aparecer dentro da empresa. Afinal, a presidência da estatal sabia ou não dos desvios, e se sabia, por que não tomou nenhuma medida capaz de estancar a sangria de dinheiro público que vinha ocorrendo na empresa? 

Em qual Graça Foster devemos acreditar, na gestora competente e austera na qual acredita o Planalto ou na presidente conivente/incompetente, que não conseguiu gerir de forma correta a maior empresa do País?

Afinal, qual é a verdadeira Graça?


Poetisar é preciso...

Como já disse antes aqi neste espaço, sou metido a esscrever versos. Na maioria das vezes, versos de amor, esperança. Mas tambem gosto de falar de distância, de vazio.
 
 Leiam o texto, pois vocês, fiéis leitores desse blog, são a razão para eu escrever.


  "Jarra Vazia"
 
Escrevo sobre o que penso
As vezes, sobre o que sinto
Falo dos amores, das dores, dos horrores
Mas também falo das flores...

Amores construídos
Dores de saudades
Horrores de distância
E flores de esperança

Dor, amor, saudade, horror, o que é isso, senão sentimento?
Sentimento que nos move
Sentimento esnobe
Tudo faz parte da vida
Tudo é para ser vivido
 
Há flores no seu jardim?
Cuide delas pra mim
Pois, onde flores havia
Sobrou apenas
Uma jarra vazia!!!
 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O inferno da senadora...

Parece que o inferno político em que vive a ex-ministra e senadora Gleisi Hoffmann PT/PR não terá fim tão cedo. Sendo a priimeira figura política denunciada no esquema do chamado "Petrolão", denunciada que foi pelo ex-diretor de abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, sendo que a denuncia foi confirmada pelo doleiro Alberto Youssef. O doleiro afirma que a senadora chegou a receber cerca de 1 milhão de reais do esquema de corrupção da principal empresa brasileira. 
 
Depois de ter perdido a eleição para oo governo do estado do Paraná de formaa tão acachapante e com debandada de muitos aliados e tendo que carregar nos ombros o ônus de ter alguns aliados respondendo por crimes (André Vargas e Eduardo Gaewisk), eis que surge mais uma dor de cabeça para a senadora petista: Gleisi contratou serviços da "Focal Confecção e Comuniicação Visual", empresa de fachada que apareceu no esquema do Mensalão (segundo denuncias do próprio operador do esquema, Marcos Valério).

Há a suspeita de que a Focal funcionasse como uma espécie de lavanderia financeira para o caixa dois de muitas campanhas do Partido dos Trabalhadores. Em 2005, a empresa foi apontada pelo principal operador do Mensalão do PT, Marcos Valério Fernandes de Souza, como uma das destinatárias de recursos do esquema criminoso, por indicação do próprio partido.

Consulta ao site do TSE revela que Gleisi pagou R$ 156.250,00 (15 notas fiscais entre julho e agosto deste ano) para a Focal Confecção e Comunicação. Nesse período, a senadora fez campanha pelo governo do Paraná e foi fragorosamente derrotada. Especialistas em campanhas políticas estranharam a escolha da tal empresa como fornecedora.

Até quando vai durar o inferno político de Gleisi???

Perguntar será que ofende?

Você compraria ações da Petrobrás hoje?

Voltando....

Os meus amigos mais próximos sabem que estou passando por algumas dificuldades de saúde, por isso não tenho postado aqui no blog. Mas, até para recuperar a saúde, volto a postar algumas de minhas ideias e pensamentos aqui nesse espaço...

Me aturem!!!

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Perguntar será que ofende?

Como o PMDB consegue ser situação e oposição ao mesmo tempo???

Versos...

E lá vou eu, enchendo a paciência dos amigos letres deste blog, com as minhas tentativas de poesia:


 PRESENÇA

Não diga nada, não pense nada
Nada deve ser dito ou pensado, apenas sentido
Nada sem você é Nada, Nada com você, será sempre Tudo!

Sou ruim de verso, sou ruim de prosa
Por vezes falei demais, por vezes não deixei viver
Errei eu sei, mas acertei mais que tudo

Acertei no que quis, e acertarei sempre no que quero
Mesmo na ausência, consigo sentir a tua presença, pois mesmo que dúvidas existam, nenhuma delas será maior que a certeza de nós dois

Navegar é preciso
Viver é preciso

Esperar, que assim seja também é preciso
Sou ruim de prosa, sou ruim de verso, mas sei o que espero, porque vale à pena
Feliz aquele que tem
O que esperar!!!


A Noite

Os amigos leitores deste blog sabem que este blogueiro é metido a besta e a escrever versos, eis mais um...apreciem, se puderem!!!


Noite

Noturno, soturno, escuro...

Com mistérios sem fim, com rostos estranhos, com criaturas sombrias, frias...

Dama de muitas faces, de muitas fases, deusa da escuridão que povoa a mente dos que não a conhecem...

O risco de perde-se em teus encantos escuros e obscenos, largado nas entranhas de teus segredos...


Quando chegas, não pedes licença, entras, escureces as ruas, praças, estradas e mentes!!!

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Votar ou não votar, eis a questão...

Acabei de assistir a entrevista do deputado estadual Aldo Demarchi (DEM/SP) para um jornal da região de Rio Claro, em São Paulo (cidade onde o deputado já foi prefeito) e me chamou a atenção a declaração do parlamentar dizendo que a constituição federal precisa ser alterada para que cidadãos que recebam algum tipo de beneficio do Estado, sejam impedidos de votar. O argumento do deputado se baseia no fato de que, se o cidadão depende do governo para sobreviver, ele não produz, e somente poderia passar a votar, se passasse a condição de cidadão produtivo.

É óbvio que o argumento do deputado causa controvérsias e até arrepios em alguns (incluindo este blogueiro), mas nos remete para algumas reflexões que este blogueiro vem manifestando ha tempos neste espaço. Em primeiro lugar, não enxergo o voto no Brasil como um "direito", por uma razão muito simples, ele é obrigatório e não me vejo como "obrigado" a exercer um direito.(não entro em méritos legais, amigos advogados, falo na questão senso comum).

Outra reflexão que sempre que posso faço por aqui, é a de que falta no Brasil gestores que tenha visão de estadista e que criem propostas e programas de Estado e não o que é comum, a criação de políticas de governo(s). Tanto bolsa família, pronatec quanto plano Real, Lei de responsabilidade fiscal ou qualquer outra medida de impacto relevante e positivo para a sociedade, deveriam se transformar em políticas de Estado e nenhum governante poderia mexer com elas. Isso acabaria com qualquer utilização eleitoral dessas conquistas (não sou ingenuo, sei que isso soa como "palavrão" no ouvido de governistas de plantão).

Esse tipo de atitude do deputado Aldo Demarchi apenas o quanto estamos ainda sob os efeitos do duro "GreNal" eleitoral vivido até o último dia 26/10, mas ao invés de somente repudiar as palavras do deputado, procuro enxergar outros aspectos referentes ao mesmo tema, por isso resolvi escrever sobre isso. Tenho lido e ouvido tanta bobagem desde o último domingo que cheguei a cogitar a possibilidade de deixar as redes sociais (meu vício não permitiu), pois até separar o Brasil já foi cogitado.

Está na hora de descermos das "arquibancadas" eleitorais e seguir em frente, eu digo isso para vencedores e perdedores, sem nenhuma restrição, pois parece que membros dos dois lados ainda estão vivendo o clima da eleição. Acabou, Dilma foi reeleita e precisa governar e a oposição, precisa fazer o seu papel de fiscalizar as ações do executivo. É assim que a coia deve acontecer. Já em relação a ideia do ilustre parlamentar, que ele procure produzir algo de mais significância para a sociedade, não em função de perder o "direito" ao voto, mas sim de perder o direito de ser votado.

Greve no Banrisul, o inicio, o fim e o meio...

Depois de tantas idas e vindas, eis que, finalmente, terminou a greve dos bancários do Banrisul e com o término da greve, veio a dura realidade da volta ao trabalho. Após não ter concordado com o acordo proposto pela entidade dos banqueiros (que levou os demais bancários de outras instituições, a acabarem com a greve). Os bancários do Banrisul insistiram no movimento e acabaram por desgastar demais o próprio instrumento de greve, deixando a população contrária ao movimento e causando um mal estar muito grande entre os próprios colegas de banco.

Como a greve se arrastava, sem nenhuma perspectiva de término e com os trabalhadores do banco cada vez mais, perdendo benefícios, os funcionários que não aderiram à greve foram para as assembleias finais pressionar a diretoria do sindicato para que a greve terminasse. Com o retorno ao trabalho, alguns colegas começaram a ser hostilizados pelos outros, por não terem participado da greve e por pressionarem para o fim da mesma. O que acontece é que, enquanto alguns poucos participavam das reivindicações e do movimento grevista, muitos bancários aproveitaram a paralisação, para viajar, ficar de folga e até para tratamentos de beleza e nesse ínterim, ainda tiveram aqueles que, enfrentado tudo de ruim (por parte de colegas, clientes, excesso de trabalho), se mantiveram trabalhando e não deixando a população na mão.

E justamente esse funcionários que continuaram trabalhando, é quem vem sofrendo a maior parte das "ofensas" e chacotas com o retorno ao trabalho. Esse texto não tem como objetivo discutir se o movimento foi ou não legitimo, se a greve demorou mais em função da incompetência do sindicato em negociar com os patrões e nem quais foram os benefícios perdidos, a intenção deste blogueiro é de repudiar esses bancários que estão jogando indiretas no Facebook, que estão olhando "torto" para os colegas que se sacarificaram para que a sociedade não ficasse sem os serviços de seu banco (afinal, o Banrisul é o banco de todos os gaúchos, ou não?).

Os trabalhadores que continuaram trabalhando, enquanto alguns até passearam durante a greve, merecem todo o respeito por parte, não somente dos colegas grevista, bem como da população em geral (principalmente aqueles que dependem do Banrisul para realizar as suas transações bancárias), foram valentes, enfrentaram todas as adversidades e toda a sorte de xingamentos, não é justo que agora que a greve terminou, sejam hostilizados por colegas (?) dentro ou fora das agências. Espero que os ânimos retornem à sua relação normal, todos são colgas de trabalho e, maior que todos eles, está uma instituição que pertence ao povo do Rio Grande do Sul.

Venceu o "Cheque em Branco"

Após toda a movimentação de uma campanha dura, as vezes até desleal e com alguns toques de humor burlesco, o Rio Grande do Sul tem um novo governador. E venceu a oposição (coisa meio que de praxe pelas bandas daqui), com o "gringo" José Ivo Sartori (PMDB) que durante a campanha, chegou a ser rotulado pelo seu adversário Tarso Genro (PT), como um "Cheque em Branco" (alusão ao fato de Sartori, na opinião de Tarso, não apresentar propostas concretas para enfrentar os desafios de governar o estado), lembrando que Sartori retrucou, dizendo que Tarso era um "Cheque sem Fundos", pois prometeu muito e não fez nada no período de governo.

Pois bem, na disputa de "cheques", a sociedade gaúcha resolveu fazer um investimento no "Cheque em Branco". E agora caberá a Sartori mostrar a que veio. Respaldado por duas administrações bem sucedidas frente a prefeitura de Caxias e com uma trajetória política vasta, o "Gringo" terá pela frente um enorme desafio, de governar um Estado com graves problemas financeiros e uma série de investimentos que dependem de uma boa parceria com o governo federal.

Em seu discurso após a vitória, Sartori deu claros sinais de que buscará esse entendimento perante o governo Dilma (lembrando que no primeiro turno, Satori apoiou Marina e no segundo turno apoiou Aécio, mesmo sendo do partido do candidato à vice de Dilma Michel Temer) e isso será fundamental para que ele possa desenvolver qualquer tipo de gestão aqui no Rio Grande. O governo estadual não consegue, sozinho, dar conta de uma série de gargalos que se encontram travados há anos, e que impedem qualquer governante de conseguir levar adiante um projeto político a longo prazo.

Esses gargalos podem explicar um pouco a cultural não reeleição dos governadores do Estado. É muito difícil para qualquer governador, administrar tantos problemas como tem o Rio Grande. Apesar de sua importância no cenário político/econômico do País, faz tempo que o estado vem diminuindo essa importância nesse contexto, deixando de atrair uma gama de investimentos, que ajudariam bastante na recuperação da economia.

Confesso que não sei dizer o que Sartori pretende fazer, mas confio nele. O "Gringo" já mostrou que sabe administrar, que é bom de negociação e principalmente que, se levar adiante o mote do seu discurso de campanha: "O meu partido é o Rio Grande", tem tudo para unir as diversas forças políticas do Estado em prol de uma retomada da grandeza do Rio Grande. Sinceramente? Torço por ele, pelo seu sucesso. O exito do governo Sartori será o inicio da retomada do crescimento do Rio Grande e esse é o desejo de todos nós que vivemos e amamos esse Estado. Quero muito que o "cheque" de Sartori tenha fundos e que sua administração seja excelente.

Vamos começar a perceber isso no final do ano, com a escolha da sua equipe de governo. Pelos nomes escolhidos, já poderemos analisar qual o rumo que Sartori pretende tomar em sua gestão. O próprio governador eleito já disse que somente apresentará esses nomes em dezembro (antes disso, tudo não passará de especulação, de acordo com o "Gringo"), mas sabemos que as articulações estão a todo o vapor. Muitas peças sendo movimentadas e muita articulações ainda por vir.

Vamos esperar e torcer para que a sociedade gaúcha tenha optado pelo "cheque" certo!

"Deus salve o PMDB"

Após o tenso e emocionante "GreNal" eleitoral que foi esse segundo turno das eleições presidenciais no Brasil (onde alguns se recusam a sair das "arquibancadas"), quero voltar as atenções dos queridos leitores para o chamado "mundo real' da política brasileira, onde muita coisa voltou a acontecer, com a celeridade de sempre. E isso já se refletiu na primeira votação da câmara dos deputados,  a que regulamentaria os chamados "Conselhos Políticos" propostos pelo PT e pela presidente Dilma Rousseff e que é uma espécie de ideia de democracia direta, com proposta de decidir sobre alguns temas que, de acordo com a nossa constituição, são atribuições do congresso nacional. Uma adaptação tupiniquim dos antigos "sovietes" russos (convém lembrar que a palavra "Soviet" em russo, significa "Conselho" em português).

Pois bem a ideia soa como um "avanço" democrático, onde a sociedade "decidiria" todas as questões mais relevantes, papel esse que, insisto, constitucionalmente, é atribuição do congresso nacional. A ideia de "conselhos" não é nova, ela remete a uma série de entidades que controladas pelo poder hegemônico, o que tornaria bem mais tranquila a intervenção direta do executivo nas questões de seu interesse sem ter que passar pelo congresso para poder se transformar em Lei. É obvio que alguns dirão que estou exagerando, que isso é coisa de quem não aceita um governo democrático e participativo, coisas do tipo. Quero apenas dizer que, em um governo democrático de verdade, temos instituições que são responsáveis pela elaboração de Leis (se a sociedade brasileira não confia em seus congressistas, o problema, o problema não está no congresso e sim na própria sociedade).

E nesse aspecto, dou enormes graças pela presença do PMDB no cenário político nacional. A sua postura como força que equilibra as relações no congresso (mostrando ao PT que o resultado das eleições para a presidência não dá condições de governar sozinho, sem o congresso). O resultado da votação de ontem e a postura do partido frente ante ao avanço dos aliados mais à esquerda do PT, mostrara ao governo que o fato de ter maioria no congresso não significa que possa governar pela força de decretos e de apelo eleitoral de uma vitória recém conquistada. É necessário se respeitar as instituições, afinal, não somente a presidente foi eleita pelo voto, os congressistas também foram.

Ouvi uma declaração do ministro (sabe Deus do quê) Gilberto Carvalho dizendo que isso foi uma "picuinha" dos derrotados nas urnas, Carvalho disse: "Eles ainda não engoliram a derrota, mas no senado nós revertemos isso...". Imediatamente o presidente do senado Renan Calheiros (PMDB/AL), outro grande vencedor das eleições 2014, foi claro em dizer que: "o senado tende a seguir o que foi decidido pela câmara". Esse é o equilíbrio democrático necessário que o congresso nacional exerce sobre o executivo e isso precisa ser preservado, para o bem das instituições democráticas. Para obter vitórias no congresso, cabe ao executivo, saber negociar e não buscar enfraquecer uma das mais importantes instituições da democracia que é o parlamento.

A institucionalização de um soviet é o primeiro passo rumo ao totalitarismo, será a "oficialização" das decisões do partido único (meus amigos leitores deste blog e que possuem formação marxista/leninista sabem muito bem do que estou falando). se enganam aqueles que pensam que a eleição passada não foi ideológica, ela foi sim, mais pela própria necessidade que o PT teve de procurara apoio de campanha mais à esquerda, para derrotar um modelo mais "liberal" de PSDB, a postura mais à direita de Aécio forçou o PT a isso e também fortaleceu seus aliados esquerdistas (PSOL, PSTU, PCdoB), principais interessados em um fortalecimento de "conselhos políticos", pois seu leque de participação, apesar de ter melhorado muito, ainda é pífio.

O PT só precisa ter cuidado com um detalhe importantíssimo no processo histórico: Para a esquerda, nenhum partido está acima da "Revolução", portanto, se o PT quiser se manter hegemônico no Poder ele terá que ficar atento à esse processo. Não poderá deixar que seus aliados mais à esquerda, comecem a ganhar força, porque depois, será muito mais difícil de controlar esse seguimento. E ai, mais uma vez, afirmo a importância do PMDB no processo de sustentação do "status quo" devendo ser ele, PMDB< o principal sustentáculo do governo petista e por sua vez, da manutenção do processo democrático e de direito no País.

Agora os amigos entendem a frase título: "Deus salve o PMDB!"



sábado, 25 de outubro de 2014

Chegou a hora...

Bem...amanhã, por volta das 21 horas, horário de Brasilia, a sociedade brasileira conhecerá quem será o gestor do governo brasileiro pelos próximos 4 anos. Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), são os protagonistas de umas das mais acirradas disputas de segundo turno, desde que foi instituída a redemocratização no País. Entre insultos, denúncias, ataques e poucas propostas efetivas, chegam ao dia decisivo em empate técnico e com resultado completamente em aberto (por mais que meus queridos leitores petistas e tucano insistam em dizer o contrário). 

A eleição de amanhã promete fortes emoções e talvez, até mesmo, a possibilidade de algumas acaloradas discussões durante o processo de votação. Quanto a esse aspecto, acredito que as medidas que os órgãos de segurança tomaram, sejam suficientes para prevenir e conter excessos. O certo é que, depois de 12 anos no Poder, o PT se vê, pela primeira vez em anos, na possibilidade de perder a eleição para o seu "arqui rival" PSDB, que após 3 tentativas adotando uma postura tímida em defesa do governo FHC, dessa vez, com Aécio, parece ter assumido esse período de governo e defendendo abertamente, aquilo que considera como avanços desse período.

Dilma me parece tensa demais para quem tem a estrutura do Poder nas mãos, apesar do excelente trabalho (mais uma vez) do marqueteiro João Santana, a presidente não consegue transmitir aquela segurança que, por exemplo, Lula sempre teve e conseguiu transferir para ela em 2010. Sei que essa é, de fato, a primeira eleição de Dilma (dessa vez ela é a protagonista), mas eu esperava mais  de quem passou 4 anos á frente do executivo do País e que, quando eleita foi, tinha como principal característica, a de grande gestora.

Aécio Neves é, de longe, o melhor dos candidatos tucanos que o PT enfrentou nesses 12 anos. Experiente, como Serra e Alckmin são, porém, com uma guinada um pouco mais para os setores liberais conservadores (o que provocará, independente do resultado da eleição, uma rediscussão dos rumos ideológicos do partido). Aécio pecou quando não foi mais incisivo no segundo turno, as oportunidades apareceram, mas o tucano preferiu o discurso da mudança (sem mostrar ao certo quais são essas ditas mudanças).

Como já falei aqui em outras postagens, não consegui enxergar nos postulantes ao cargo máximo do País, verdadeiras propostas de políticas de Estado, políticas que possam servir como um processo de amadurecimento e de continuidade de um projeto de Brasil forte, soberano e voltado, de verdade,  para o século XXI. Já estou cansado de propostas eleitoreiras e de "pais e mães das crianças", que usam programas de sucesso (seja no âmbito federal ou estadual) como se fossem invenções suas e que, somente com seu grupo político, esses programas terão continuidade. Esse tipo de postura só mostra o quão é despreparada a nossa sociedade no exercício de seu direito ao voto (direito esse que  somente será verdadeiro, quando for facultativo e não obrigatório).

Bem, seja como for, quero que todos estejam nas ruas amanhã, votando, e buscando contribuir de alguma forma para que nosso País avance, apesar deste blogueiro não acreditar nem um pouco nisso, É importante que se vote, talvez com a repetição seja possível construirmos uma qualidade maior em nossa sociedade. Apesar de tudo, sou um otimista, sempre fui e oxalá eu consiga participar de uma sociedade mais politizada, consciente e bem mais evoluída.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

25 anos depois...

Já se vão longínquos 25 anos que este blogueiro teve o prazer de, pela primeira vez na vida, votar, participar ativamente do processo de escolha de um presidente, exercer aquilo que me era cantando em verso e prosa como a maior conquista democrática do país depois de muitos anos de repressão. Ah que dia, lembro-me perfeitamente de tudo o que antecedeu aquele momento mágico, da ansiedade, da alegria, da verdadeira paixão de um jovem diante de sua "primeira vez".

Pois bem, 25 anos se passaram, o jovem amadureceu, os cabelos se foram e com eles muitas ilusões e verdades da juventude. O Brasil e o mundo também mudaram,  a conjuntura politica, econômica e social é outra. Muito ídolos e ícones políticos se mostraram ser de papel, ruíram assim como ruiu o entusiamo que eu tinha para escolher o novo mandatário da nação. 

E porque tanta descrença, tanto desanimo justamente naquela que, para muitos, é a mais acirrada e aguerrida disputa eleitoral desde a redemocratização do País?

A resposta é simples, mas sei que causará discordância de meus fieis leitores, sejam eles petistas ou tucanos, é que não consigo enxergar nenhuma diferença real entre as candidaturas no que diz respeito á uma transformação desse País em algo bem maior do que até hoje se tentou fazer. Não desconheço os avanços conseguidos nesses últimos 25 anos, mas também não consigo ver nenhum dos postulantes ao cargo de presidente apresentar um projeto de Estado. Tanto Dilma, quanto Aécio, apenas apresentar "soluções" imediatistas para questões que são muito maiores do que eles mesmos e seus projeto de poder de suas legendas.

sei que existe em jogo uma disputa hegemônica e ideológica, mas e o que fazer depois? Já que nenhum dos lados apresenta claramente nenhuma política de Estado, algo acima das picuinhas partidárias, algo que de fato, sirva para melhorar os rumos do País. É muito pouco para mim, o maniqueísmo do "Nós e eles", sustentar uma "mudança" baseado apenas em programas sociais que já deveriam, esses sim, terem se transformado em Políticas de Estado, bem como, não posso aceitar que um "Choque de Gestão", Meritocracia (Bah...entraremos aqui no discurso do Mérito?) e "Combate à corrupção" sejam o suficiente para que esse País avance de verdade.

Muitos discordarão de mim, ainda mais no calor da disputa que se afunila, mas não vejo nenhuma argumentação até agora que me convença do contrário que explanei a pouco. O Brasil precisa de partidos, entidades, políticos e sociedade mais crítica, organizada (e não aparelhada) e projetos a longo prazo e não apenas eleitoreiros.

Reformas? Sim, são necessárias, mas é preciso ficar de olho para saber o que se está reformando, se a tal reforma não servirá apenas aos interesses de quem detêm a hegemonia de poder. A sociedade precisa ter mais senso crítico de observação e não apenas "exercer" o seu patriotismo em época de Copa do Mundo (nem quero lembrar da última). Eu ainda quero resgatar o meu entusiasmo juvenil de votar com prazer novamente e não apenas ser obrigado a me dirigir à uma urna (aliás, uma grande "reforma",  começaria acabando com o voto obrigatório).

Não sei se ainda terei esse entusiasmo de volta, mas vou continuar buscando isso através da "arma" que tenho: a minha capacidade de indignação e esse espaço aqui para expor as minhas ideias e meus pensamentos (ou seriam devaneios?), mas não tenho nenhuma ilusão de que as coisas melhorem, pelo menos, a médio prazo. Mas, como dizia meu querido pai: "O mundo gira"

Tempo, amadurecimento, amizade e um movimento!

Nos versos maravilhosos de Caetano Veloso na música "Oração do Tempo", o compositor baiano nos imortalizou o seguinte: "...Compositor de destinos, tambor de todos os ritmos, tempo, tempo, entro em um acordo contigo..." Esse verso lindo, me remeteu á uma conversa que tive hoje, ao reencontrar, através da redes sociais, uma amiga de tempos distantes, e que, comigo já professou da mesma "Fé política ideológica" e que hoje, em campo oposto ao que militava, ela me perguntou se eu ainda acreditava nas mesmas verdades de 20 anos atrás...
E ao responder à ela que não mais acreditava em tais ideologias, me parei para pensar sobre minha própria resposta e ai vem o motivo da lembrança da "oração" de Caetano: O Tempo! Esse "senhor" tão bonito, tão importante, tão sábio e também, muitas vezes, tão cruel, do qual nenhum de nós pode ou consegue se livrar. Meus pensamentos remontaram aos 20 anos passados, ao sonhos sonhados, as lutas travadas e principalmente as amizades fincadas que nem mesmo o "grande senhor" consegue diluir ou deixar cair no esquecimento.

Meus maiores e melhores amigos são desse período, alguns continuam próximos, outros um pouco mais distantes, outros não habitam mais esse mundo. Independente de qual caminho tomamos, um elo nos uniu e ainda nos une, mesmo com a distância e o tempo, e é esse elo que nos permite a discordância, as diferenças e até mesmo as brigas, não possam quebrar a amizade que construímos, e essa mais acirrada eleição da redemocratização brasileira foi um grande exemplo disso, muitos de nós tomamos partido de Dilma, Aécio e Marina, alguns, como eu, preferiram não mais se expôr, não militar mais. mesmo tudo isso, manteve o nosso elo de amizade.

Não citarei o nome de todos aqui para não cometer nenhuma injustiça e também para preservar aqueles que não gostariam de ser identificados, mas aqueles que lerem esse texto, saberão de quem e de qual período eu me refiro. A verdade é que, o tempo, só nos trouxe mais amadurecimento e mais certeza de quem somos e do que queremos. Não somos mais tão jovens, mas não somos "envelhecidos" o suficiente, para deixarmos de sonhar e de fortalecer nossos elos de amizade, respeito e amadurecimento. a conversa de hoje me fez pensar nisso, espero que os membros desse texto que o leiam, também façam essa reflexão.

E para terminar, nada mais do que a antiga saudação, uma data, um ideal, um sonho, um símbolo de uma eterna amizade: "Salve 25 de Junho!"

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Qual o cheque que você prefere???

Após ouvir o último debate dos candidatos ao governo do Rio Grande do Sul, ocorrido na associação de rádios e tv do estado e teve como ponto alto, os tons mais elevados de campanha que os dois postulantes ao Piratini utilizaram. Tanto o governador Tarso Genro (PT), quanto o seu adversário José Ivo Sartori (PMDB), elevaram bastante as acusações sobre o adversário. Propostas concretas, eu confesso que ouvi pouquíssimas (de ambos os lados), a principal característica deste debate foi o das acusações. E dentre essas acusações, me chamaram a atenção quando cada candidato rotulou o outro de "Cheque", o que não deixa de ser hilário, pois parece que o eleitor gaúcho se ornou um cliente de banco e daquele cliente com escolhas bem complicadas.

Tarso Genro acusou Sartori de ser um "Cheque em Branco", pois quem votar em no candidato da oposição, estará votando em um candidato sem nenhuma proposta, sem um programa de governo definido e com sérias dúvidas quanto a sua capacidade de administrar o Rio Grande. Tarso insistiu nessa tônica durante quase todo o debate, chegando a causar um certo mal estar entre os debatedores e os jornalistas presentes.

Já José Ivo Sartori rebateu dizendo que Tarso Genro é um "Cheque sem Fundos", pois durante a sua campanha em 2010, o atual governador teria feito uma série de promessas, promessas essas que, segundo Sartori, não foram cumpridas ao longo do mandato do atual governador gaúcho. Esse ataque também causou mal estar entre os oponentes e fez com que, o atual governador, chegasse a se exaltar em alguns momentos.

Independente de qual dos "Cheques" é o verdadeiro, a minha maior preocupação/pergunta é: Será que o sujeito que irá governar o Rio Grande durante os próximos 4 anos, será alguém que não tenha a credibilidade necessária para exercer o cargo? Não sou eleitor gaúcho, apesar de morar em Porto Alegre, meu título de eleitor é do Paraná, mas tenho a mesma preocupação dos meus amigos gaúchos pois, morando aqui, sofrerei as consequências da decisão que será tomada no próximo domingo e por sua vez, das decisões que o próximo governador tomará ao longo de seu mandato.

Gostaria que essa minha primeira experiencia em viver uma eleição aqui nesse belo e querido estado, fosse com uma qualidade maior de propostas, de programas e de projetos e que os debates fossem mais qualificados dos que eu pude assistir/ouvir nesse segundo turno. Se votasse aqui, já saberia em qual "Cheque" eu iria apostar, mas deixo no ar a pergunta: Sera que o eleitor gaúcho merece um "Cheque", seja ele em branco ou sem fundos, como governador do estado? tenho certeza que não!

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Querência

Como já disse antes aqui nesse blog, me atrevo a escrever versos, nem bons, nem ruins...mas os meus versos. Esse se chama "Minha Querência" e espero que apreciem!!!

Minha Querência

De onde vim já nem sei
Para onde vou, ainda verei
Minha terra, tua rua
Minha casa, a vida tua

Sei que meu lugar é onde estou
Sei que tenho muito à conquistar
Mas quero muito o meu lugar
Quero uma querência pra mim

Sei que pode demorar, sei que esse dia vai chegar
Quero que fique bem claro, para o Rio Grande e o Paraná
Minha querência querida, minha terra, meu lugar
Será dentro de ti
Será onde tu estás!!!

Perguntar será que ofende?

Alguém ai sabe explicar o "fenômeno" Sartori???

História, ahhh...a História!!!

Os meus queridos e fiéis leitores deste blog sabem que além de "aprendiz" de escriba, este blogueiro também é versado em uma ciência chamada História, que de tão judiada e mal interpretada, muitos acreditam que ela não seja importante e mais, alguns acreditam que ela até tenha fim! Mas, independente disto, meus colegas historiadores sabem que não se analisa nada, sem que se faça uma contextualização, uma adequação ao momento em que tal fato ou tal movimento foi ou não realizado, e quais as condições materiais, econômicas, culturais e sociais que influenciavam o processo, no momento em que o mesmo acontecia.

Durante esse processo eleitoral, muito me chamou a atenção algumas comparações "históricas" que foram apresentadas como verdades absolutas, como se não existisse nenhum contexto, nenhuma das técnicas de analises históricas que aprendemos na academia. As comparações são realizadas como se os fatos acontecessem no mesmo período histórico e com as mesmas condições citadas anteriormente.Isso vindo de militantes, coordenadores de campanha ou de apenas pessoas que não tenham embasamento histórico para analisar, eu até compreendo e, vá lá, aceito. 

Agora, esse tipo de analise, vinda de pessoas com conhecimento técnico em história, sociologia, em ciências humanas em geral, isso eu não tenho como "perdoar', é uma agressão a todos os métodos científicos de analise histórica. A paixão política acaba cegando aqueles que têm, por obrigação técnica e acadêmica, a capacidade de entender como se dão esses processos históricos. Sei que o assunto não é dos mais agradáveis, alguns amigos e colegas irão reclamar deste texto, mas n~~ao aguento mais essa  afronta contra uma das mais belas áreas do conhecimento humano.

Que se tenha uma ideologia, um partido, um projeto de poder, tudo isso é válido e perfeitamente compreensível, uma pena que alguns colegas e algumas excelentes pessoas com conhecimento técnico se deixem levar pela ótica dos "marqueteiros de plantão", que apenas enxergam os números de suas pesquisas internas, se nenhuma preocupação em manter o minimo de qualidade nos debates e nas propostas de seus candidatos.

Quem ganha e quem perde?

Quem leu a minha postagem anterior sobre o "medo", deve saber que deixei bem claro que não existe nenhuma possibilidade, séria, de se apontar hoje, quem será eleito presidente da republica no próximo dia 26/10 e digo isso sem nenhuma tentativa de me abster do processo ou de, como dizem alguns, ficar em "cima do muro'. digo que tudo está indefinido, pois os institutos de pesquisa apontam sempre empate técnico nas pesquisas de segundo turno e o fato de quem está na frente da vez, não aponta nenhuma "virada', pois não se vira nada, quando se esta empatado.Já a utilização das pesquisas por parte das campanhas, isso é livre e deve ser feito.

Na verdade, a minha intenção nesta postagem é falar não de quem vai ganhar, mas sim de quem, até esse momento, já perdeu nessa eleição: O eleitor brasileiro! E por qual motivo eu digo isso? É só um cidadão isento de coloração ou interesse partidário, analisar o que é dito e proposto(?) pelos postulantes ao cargo maior da republica tupiniquim. Dilma (PT) fala como se de oposição fosse, diz que "Governo novo, idéias novas", ora bolas, se está sendo um governo competente e que mereça mais quatro anos de poder, por que então falar em "mudança", em "novo"? Por outro lado, Aécio (PSDB) não se cansa de dizer que dará continuidade aos projetos que estão dando certo no atual governo, ora bolas também, se está tudo bem, por que mudar de governo?

O que existe por trás de tudo isso, em verdade, é uma questão de hegemonia de poder, que nada contribui para a melhoria das condições de vida de cada um de nós. a inflação está de volta, os juros exorbitantes, o governo mostra claramente que não possui um plano para conter esse estrago e a oposição, por sua vez, apenas aponta as falhas, mas também não diz de que forma vai conseguir enfrentar esses graves problemas que estão na pauta do próximo governo e da sociedade, que essa sim, sofre as consequências diretas de tanta incompetência por parte de nossos gestores públicos.

Quanto á hegemonia de projeto de poder, sim, essa tem muito o que influenciar na vida da sociedade, mas é lamentável que somente uma pequena parcela desta mesma sociedade, sabe disso. Muito em função de nossa tradição de governos que não investem em educação e cultura de verdade, não somente com falácias e projetos sem consistência nenhuma, apenas para poder dizer para a sociedade que estão fazendo alguma coisa. E isso faz com que, não tenhamos o hábito de pensar em propostas de políticas de Estado e não somente políticas de Governo. Se um projeto ou programa dá certo, cada governo quer se tornar o "Pai da criança", e não se preocupa em transformar essa política em algo mais para a sociedade ou seja, transformar em algo maior que a sua agremiação política.

Por essas e por muitas outras é que digo e repito, não sei que ganhará as eleições domingo que vem, mas sei que,  mais uma vez, o grande perdedor será o eleitor brasileiro.

A eleição do Medo!!!

Olá meus caros e fiéis seguidores deste humilde blog, aqueles que me são mais próximos, sabem que este blogueiro passou por sérios problemas de saúde (que já estão em fase de tratamento e recuperação), o que acabou favorecendo uma maior observação da reta final das eleições neste segundo turno. E pude perceber um aspecto bem característico deste processo: O Medo!

E quando falo em medo, falo não somente do medo natural de se perder uma eleição (tem muito dinheiro, cargos, posições, interesses em jogo), falo de um tipo de medo "novo" neste tipo de disputa, falo do medo de errar dos institutos de pesquisa. E olha que os erros foram bem sérios dessa vez, inclusive com erros grosseiros na chamada pesquisa de "boca de Urna". Ora, sabemos que errar faz parte de qualquer processo, mas a forma como esses erros aconteceram e o que eles significaram para as campanhas dos envolvidos foi muito séria.

Vou apenas citar o caso do Rio Grande do Sul onde moro, aqui, a disputa sempre esteve polarizada entre o atual governador Tarso Genro (PT) e a senadora Ana Amélia (PP), o candidato do PMDB, José Ivo Sartori era considerado "carta fora do baralho" (mesmo, é verdade, reconhecendo que na reta final de campanha, as pesquisas começaram a perceber uma onda de crescimento de Sartori), mas a "Boca de Urna" deu vitória de Tarso, e a Ana Amélia como adversária dele no segundo turno. Eis que, Sartori, contrariando todas as analises e pesquisas, passou a frente dos adversários, colocando 8% à frente de Tarso e deixando Ana Amélia de fora da disputa.

Mas alguns me perguntarão: "Você não acredita em pesquisas?" A questão não é de crença, mas sim, de entender que é um processo cientifico que apenas aponta tendências e não diz quem vai vencer ou não uma eleição. as pesquisas não são a verdade absoluta, portanto, são passíveis de erros. A questão está em como se dão esses erros, ora, se no Brasil ainda existe a discrepância que é o "Voto Útil", um candidato aparecer na frente em uma determinada pesquisa, pode influenciar esse eleitor menos politizado.

Por isso percebi esse "medo" nos institutos de pesquisa nesse segundo turno, principalmente para presidente da republica. As pesquisas dos grandes institutos (Ibope, Datafolha, Sensus, etc), estão apontando, sem nenhum pudor, que a eleição está tecnicamente empatada, ora com Aécio (PSDB) na frente, ora com Dilma (PT) na frente (alguns amigos mais entusiastas da candidatura petista dirão: "A Dilma tá em uma crescente, tá virando"), na verdade, não existe nenhuma "virada", pois se analisarmos as pesquisas de forma isenta, perceberemos que, não existe a menor possibilidade de se apontar um vencedor antes do dia 26/10. Qualquer "analise' apontando A ou B, será mera especulação. O certo é que, os próximos dias, serão de muito "Medo" em ambos os lados e também, em todos os institutos de pesquisa.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Nascido em 1978

Publico aqui, mais um texto de meu irmão Marco Campos....vale a pena a leitura, só para constar, ele nasceu de fato em 1978!!!

"Nasci em 1978.
Foi o ano que a China iniciou seu processo de reforma macro-econômica - com Deng Xiaoping.
A modernização da economia chinesa resultante dessas reformas, impulsionou toda a economia mundial do século XXI.

Fomentou a expansão da classe média na China, Índia, Rússia, Brasil, África do Sul...
Mas não apenas nesses países. Outros lugares que até então não conheciam a universalização da classe média se depararam com essa nova realidade.
A chamada “Primavera Árabe” dificilmente aconteceria da maneira que aconteceu sem que antes houvesse o recrudescimento dessa classe média emergente.
Talvez essa nova classe média mundial seja uma possível chave para um acordo de paz definitivo na Cisjordânia com a criação de um Estado Palestino.
Contudo, o ciclo do crescimento chinês começa a dar sinais de caduquice, o que pode pôr em cheque o crescimento da economia global, sobretudo para nós, os emergentes.
Nasci em 1978, o ano que começou o século XXI."

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Viras e Voltas

Olhando o cenário político-social brasileiro, vejo como bem interessante a forma como alguns ideais e objetivos políticos podem transforma-se à ganhar "Vida Própria", independente de quem são seus criadores ou  defensores originais...

Os exemplos são interessantes

Quem nos dias de hoje, obviamente sem os recursos das aulas de História e d cinema, poderia imaginar que Abraham Lincoln, um dos maiores símbolos da democracia norte americana e que foi responsável direto pelo fim da escravidão legal no EUA, pertencia ao Partido republicano, o mesmo de Ronald Reagan e da família Bush??? E mais ainda, que as progressistas leis trabalhistas, que até hoje servem de bandeira de luta da esquerda ocidental, têm em larga escala, origens no Fascismo Português e Italiano???

É bem verdade que boa parte dos serviços promovidos pelo chamado Estado de Bem Estar Social possui como origem a Social Democracia européia do pós guerra. Tais serviços como a universalização da saúde, a universidade pública e gratuita foram conseguidos através de muita luta depois da tragédia que foi a segunda grande guerra.sua origem. Nesse caso, é bem interessante notar, que a sua origem, apesar de remontar à esquerda européia, se trata da esquerda moderada, da chamada Social democracia e não de conquistas ligadas diretamente aos ideários Marxistas/Leninistas tradicionais e mais esquerdistas, como alguns tentam colocar em seus discursos aqui no Brasil.

Entretanto, outras bandeiras tradicionais nas esquerdas de boa parte da Europa, America e Brasil, possuem origem ou inspiração remota na Revolução Francesa e no Liberalismo Inglês. Afinal, os conceitos de igualdade e liberdade individual que são herdados do Iluminismo, foram implementados primeiramente na França, Inglaterra e EUA. Por exemplo, a atual luta pela descriminalização das Drogas e do Aborto, a luta por uma Reforma Tributária possuem, em última analise, como substrato, esses dois conceitos citados anteriormente: A Igualdade e a Liberdade.

O engraçado é que, a esquerda tende a privilegiar o primeiro e a direita o segundo, porém, ambos são herdeiros de um mesmo processo histórico, a chamada grade revolução burguesa ou simplesmente: Revolução Francesa e não nas ditas revoluções socialistas ou comunistas, como as Revoluções: Russa, Chinesa ou Cubana!!! Penso na importância de analisar esses fatos, para que depois não se acabe fazendo apologias equivocadas e buscando sustentações teóricas em teorias erradas. É importante que se levantem bandeiras de lutas, mas é importante mais ainda,s aber qual a origem dessas lutas e quais ideais as sustentam.

Essas reflexões são oriundas de observações e de várias conversas com meu irmão Marco Campos, que por sinal é co autor deste texto!!!

Sensações...

As vezes me atrevo a escrever versos, nem tão versos, porém, os meus versos...vou reproduzir um aqui no Blog, se chama: "Sensações"

Sensações

Mais do que um doce desejo, vejo teu corpo suado...correndo...cavalgando pelos pampas, como se os pampas estivessem em ti...

Eu sinto teu cheiro, não te vejo, sinto teu corpo, não te toco...tantas sensações, tantas situações...

Sem regras, com as nossas regras...
Sem pressa, com a nossa pressa...

A vontade de estar contigo, a vontade de entrar em ti...vivendo os momentos que temos, amando do jeito que queremos

Sem regras, com as nossas regras...
Sem pressa, com a nossa pressa...

Vendo a agua descendo do monte, para que eu possa beber na tua fonte...

Sem regras, com as nossas regras...
Sem pressa, com a nossa pressa...

Sensações, situações

Analise da família...

Este blog sempre teve o hábito de postar textos de amigos e colaboradores, que encontram aqui, um espaço para expressar as suas ideias e pensamentos. E me deixa muito feliz quando esse texto é de alguém que é muito mais que amigo, é o meu próprio irmão Marco Campos, que fez algumas considerações sobre uma entrevista que ele assistiu na TV, vamos ao texto:

"Algumas considerações acerca da entrevista da candidata Luciana Genro no programa do Danilo Gentili (15/092014).

1) A reforma tributária ou 'revolução tributária' que ela propõe, sobretudo no quesito de taxação das grandes fortunas não me parece nenhum sonho impossível e algo que acredito corresponderia ao interesse da população;


2) Legalização da maconha: ela aponta para uma antiga ideia de inspiração do Liberalismo Clássico, que seria um direito individual do cidadão escolher o que fazer com seu corpo desde que isso não afete negativamente outros indivíduos;

3) Política Econômica: ela foi simplista e em certa medida demagógica. Não se pode criar e dividir riqueza só com a produção, sem os ativos cambiais. Por exemplo para se financiar um grande projeto é possível que o país não tenha essa liquidez (dinheiro), e para não precisar recorrer ao Tesouro Nacional, ele pede financiamento externo, do mercado financeiro, aí ela derrapou feio;

4) Pergunta do Roger: sobre os crimes cometidos pelo chamado Socialismo Real: ela jogou tudo para a costa larga do stalinismo omitindo que outros regimes como a China, Albânia, Iugoslávia, por exemplo não se denominavam 'stalinistas' e contudo, não dispensaram governar pelo terror: censura, perseguição e extermínio em massa da oposição."

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Uma exceção pela Gratidão e pela boa Política

Os meus amigos aqui do blog irão estranhar, com certeza, essa postagem que farei agora, pois desde a criação deste espaço, em 2008, eu jamais usei uma postagem para pedir voto para quem quer que seja e olha que muitas oportunidades não me faltaram (inclusive oportunidades financeiras), mas a intenção deste blog sempre foi a de debater, polemizar, instigar e não a de fazer campanha para quem quer que seja. Mesmo aqueles políticos sérios e que até mereciam ter um espaço para poder fazer campanha aqui nesse espaço.

Mas um dos ensinamentos que herdei de meu pai e acredito na grandeza desse gesto. falo da gratidão, a gratidão que tanto falta em nossa sociedade e também na vida política brasileira. E em nome dessa gratidão, quero pedir aos amigos e leitores desse blog, principalmente aqueles que são de Laranjeiras do Sul/PR e região, que no dia 05 de outubro votem em Berto Silva (PSC), ex-prefeito de Laranjeiras em dois mandatos e que tem um vasto conhecimento sobre as reais necessidades da região da Cantuquiriguaçu e do Paraná. Berto é radialista e com grande poder de transito e articulação com diversas correntes políticas do Estado. Berto tem como ser um grande representante da região, pois pode dialogar com qualquer das forças que venha a assumir o Poder no estado nos próximos 4 anos.

Mas por que comecei esse texto de pedido de voto falando em gratidão? Conheço Berto Silva desde 2004, foi umas das primeiras pessoas que confiou em mim e que me deu uma oportunidade de trabalhar em sua campanha vitoriosa à prefeito de Laranjeiras do Sul  naquele ano, mesmo sem me conhecer, Berto acreditou no meu trabalho e acabamos vencendo aquela eleição, começando um processo grande de transformação e desenvolvimento que acabou se consolidando em seu segundo mandato quatro anos depois.

Mas não somente por gratidão eu usaria esse espaço que tanto prezo para pedir os voto de vocês. Acredito que Berto Silva será um excelente parlamentar, que saberá representar e honrar cada um dos votos que obtiver e que saberá, como poucos, conseguir recursos e desenvolvimento para Laranjeiras do Sul e para a região da Cantuquiriguaçu. Como disse antes, Berto tem grande transito e experiência nas articulações por recursos, além disso, sempre fui favorável que cada região possa eleger seu representante, para que as reivindicações e necessidades dessas regiões sejam atendidas com mais rapidez e qualidade.

Como os amigos e leitores sabem, eu estou morando em Porto Alegre a partir deste mês de setembro, mas no dia 05 de outubro, faço questão de estar em Curitiba, para poder votar nas eleições vindouras e também para dar esse voto de confiança em Berto Silva, número 20.158, para deputado estadual e tenho certeza que a região da Cantuquiriguaçu terá um baita representante na Assembléia Legislativa a partir do ano que vem.



domingo, 14 de setembro de 2014

"Uber alles in der Welt"

Os amigos leitores do blog podem estranhar o título dessa postagem ser em alemão, aliás, o título da postagem foi extraído do belo hino alemão e, em uma tradução livre, pode ser entendido como "Acima de tudo no mundo". A intenção de usar essa frase é para falar um pouco sobre o que está "Acima de tudo" na nossa sociedade e, obviamente, se reflete em nossa classe política e é justamente esse ponto que vejo como importante de ser debatido aqui nesse espaço.

Com a possibilidade real de perder o Poder, que foi conquistado legitimamente pelas urnas em 2002, alguns setores da alta direção do PT se viram em um clima de verdadeiro terror, pois quase uma geração inteira de filiados do partido não sabe o que é militar fora do Poder, não sabe o que significa ter que amargar um período na oposição, sem aquilo que André Franco Montoro dizia: "As benesses do Poder". E essa perspectiva fez com que alguns desses dirigentes começassem a espalhar entre os filiados e militantes do partido que existe uma necessidade de se manter no Poder a qualquer custo, não se importando com os métodos que por ventura, venham a ser empregados.O que importa é a manutenção do Poder.

Apesar de não ser uma prática ilegal e alguns também não a acharão imoral, não vejo isso como uma prática salutar para o processo democrático (deixando claro que esse meu pensamento serve para qualquer partido e não somente para o PT. O PSDB em São Paulo, por exemplo, seria interessante para os paulistas que houvesse também uma alternância no Poder), uma mudança no Poder e por conseguinte na oposição, é sempre salutar para o fortalecimento da democracia. Sou, por formação e convicção, parlamentarista. Tenho como principio que o parlamento é a melhor representação dos grupos que formam uma sociedade, mas infelizmente no Brasil, se tem a cultura do líder messiânico, aquele que, sozinho, será o responsável por trazer toda a sorte de benefícios para a sociedade.

Não creio que o Poder deva estar acima de tudo, a democracia é construída com o contraditório, com a divergência de opiniões, com a alternância de Poder. Quem convive com o partido único, Poder eterno e sem a divergência de opiniões é a Ditadura e é ela que todos nós devemos abominar e rechaçar. O Brasil não tem, na sua formação histórica, uma tradição democrática, pelo contrário, nossa sociedade conviveu muito mais com Ditaduras (fossem elas explicitas ou veladas), do que com regimes democráticos e isso interfere em várias de nossas "crenças" sobre o que deve ser um processo político democrático e ético.

Usar de qualquer "arma" para se manter no Poder não é uma postura democrática e muito menos uma postura digna de ser chamada de decente. espero que aqueles que ainda pensem dessa forma, reflitam sobre isso e passem a tratar a eleição como um processo democrático e que, caso sua ideia ou programa não prevaleça, isso não seja motivo para alimentar o ódio e o medo antes e depois da eleição. Eu quero muito que a melhor proposta para o país seja a vencedora e que a maioria da sociedade seja respeitada e que aqueles que queiram se valer do ódio, do medo e da falta de ética e moral, sejam cada vez mais minoria nesse País.

Utopia? Quem sabe? Talvez seja mesmo, porém, eu faço parte de um grupo de pessoas que acredita que: Uber alles in der Welt esteja a política tratada como ela deveria ser, com ética, moral e sem nenhuma forma de coação, medo ou constrangimento.

Reflexão

Essa é uma reflexão que "roubei" da amiga Rita Gomes Todeschini:


"O Mal da humanidade não é: Preconceito, racismo, homofobia.
Mas sim a intolerância"


.

Perguntar será que ofende?

Por que o individuo que pensa, não é valorizado no meio político brasileiro???

O Dilema de Aécio

Nessa reta final de campanha eleitoral, m deparo com série de dilemas de alguns candidatos e de seus desafios finais. Entre esses dilemas eu quero comentar alguma coisa sobre o que Aécio Neves/PSDB poderia ter feito nessa campanha eleitoral e que pode ter determinado a sua campanha tão abaixo das expectativas de seu partido e da própria sociedade. Aécio foi o candidato que mais saiu perdendo com a inusitada e trágica morte de Eduardo Campos, pois com Eduardo na disputa e não conseguindo sair do patamar de 10%, Aécio parecia conseguir uma possibilidade de garantir uma possível ida ao segundo turno contra a presidente Dilma/PT (Mesmo muito atrás, Aécio apostava que, em um segundo turno, teria condições de se igualar à presidente em tempo de mídia e isso o colocaria na disputa e também articulava um possível apoio de Eduardo).

Com a morte de Eduardo e a escolha de Marina Silva como candidata do PSB, Aécio se viu ultrapassado por Marina de uma forma que não esperava e que o coloca virtualmente fora da disputa presidencial e mais, correndo riscos de perder até em seu estado natal, Minas Gerais, e ver o seu partido se apequenar mais ainda em relação ao PT (seu principal antagonista). Mas Aécio também cometeu seus erros e foram erros fundamentais para também explicar seu desempenho na campanha, um dees foi o de não se assumir como uma candidatura ligada aos setores mais conservadores da sociedade brasileira. Esse dilema que é uma crônica do PSDB, o de querer ser uma esquerda democrática, e não se assumir como uma alternativa de centro direita, deixando que o discurso de esquerda do PT acabe sendo hegemônico na disputa eleitoral.

Marina Silva consegue trazer para o debate, questões que deveriam ser levantadas por Aécio, como a discussão sobre o papel do estado na condução da economia. Como não faço campanha e sim, analises dos processo eleitoral, não quero dizer que concordo ou não com essa proposta, o que quero mostrar aqui nesse espaço é que caberia ao PSDB de Aécio levantar esse debate na sociedade, debate sério, sem mentiras e medos e sim com argumentos para poder se contrapor ao que pensa o atual governo. Isso faz parte de ser oposição, apresentar alternativas que sejam diferentes da do seu adversário e não ficar dizendo que: "Vamos manter isso, vamos melhorar aquilo..." Ora, se é para manter o que se tem, não se precisa de um projeto de oposição. Aécio devia falar sim, sobre o que entende ser errado no atual governo e dizer o que fará diferente, sem medo de ser chamado de "Direita" (Medo clássico que consome o PSDB desde a sua fundação). Existe uma enorme parcela do eleitorado que é sim, de direita e que gostaria de ter reverberado o seu discurso por uma candidatura competitiva no processo eleitoral e não por candidaturas nanicas, como a do Pastor Everaldo/PSC.

Essa parcela do eleitorado não se importa com os discursos e com as conquistas sociais da esquerda brasileira, é um eleitorado conservador, que preza pela livre iniciativa e que, por incrível que pareça, começa a se simpatizar pelo discurso de "Nova Política" de Marina Silva/PSB, preferência essa, que deveria recair sobre Aécio e seu partido que afinal, são os principais opositores da atual gestão petista. Insisto em dizer, não estou dizendo que concordo ou não com as alterativas conservadoras ou progressistas, apenas faço analises sobre o que enxergo no cenário político brasileiro. Mas creio que seria muito salutar para a democracia brasileira que grandes partidos pudessem assumir projetos e ideologias mais consistentes, sejam elas de direita ou de esquerda e não ficarmos assistindo à espetáculos deprimentes de fisiologismos e de falta de segurança e convicção política.

sábado, 13 de setembro de 2014

Os ataques, êxitos e perigos!!!

A artilharia pesada disparada pela campanha da presidente Dilma/PT em direção à candidata do PSB Marina Silva começam a apresentar as suas primeiras consequências e levantam uma série de divagações e discussões sobre os rumos da campanha presidencial nessa reta final de disputa. Os primeiros resultados dos ataques ficaram nítidos quando olhamos os números das pesquisas realizadas nos últimos dias e que mostram que a presidente Dilma conseguiu um pequeno "suspiro" de crescimento e também conseguiu estancar o crescimento acelerado de Marina, crescimento esse que causou calafrios no alto comando petista. Outra importante consequência dos ataques presidenciais, foi a polarização da disputa entre as duas candidatas, deixando praticamente de fora, o candidato do PSDB Aécio Neves.

Mas, como tudo na vida, esse ataques têm um preço e esse preço pode ser uma aura de vitimização em torno de Marina, que em um possível segundo turno onde o tempo de TV será igual e o tempo de campanha será reduzido, seja tarde demais para poder mudar de tática e acabe dando à Marina, o discurso e os argumentos que ela necessita para derrotar Dilma.

Eu explico o raciocínio: No primeiro turno, Dilma tem tempo de sobra para desferir qualquer tipo de ataque e contra qualquer adversário, tanto Marina, quanto Aécio não possuem tempo suficiente para apresentar suas propostas e ao mesmo tempo, rebater qualquer ataque recebido, o que coloca a presidente em uma posição de vantagem muito grande nesse primeiro turno. Só que, essa estratégia se baseia na condição de uma vitória já nesse primeiro turno, estratégia essa que era a inicial da campanha de Dilma, mas que, com a morte de Eduardo Campos e a ascensão de Marina, o cenário passou a ser outro. Se os ataques continuarem e Dilma vencer no primeiro turno, terá valido à pena toda essa violência empregada contra Marina, buscando através de suposições, trazer o medo como peça principal de enfrentamento político,

Agora, se houver segundo turno, vejo com muita cautela se a estratégia do medo será a mais adequada para enfrentar Marina em uma disputa rápida e com tempos de mídia iguais. É necessário que a campanha da presidente deixe de lado a cegueira de poder que a cerca e pense com mais clareza sobre como enfrentar Marina e como expor melhor o que pretende para um segundo mandato. mostrar para a sociedade o porque de dar mais uma chance para a petista nos próximos 4 anos.

Como várias vezes eu já me posicionei aqui, muita coisa pode acontecer nessa eleição, mas se o cenário continuar se apresentando como agora, é bom que as cabeças pensantes do Palácio do Planalto analisem bem o prosseguimento dessa estratégia de medo e pânico contra Marina, pois pode ser que esse veneno atinja seus próprios causadores e mais, vamos ver qual a postura da campanha de Aécio Neves, será que o tucano vai continuar acreditando em uma virada? Vai entender que está fora da disputa e vai se concentrar em não perder seu espaço em Minas Gerais? E Marina, o que vai fazer para responder aos ataques que vem sofrendo?

Muita coisa ainda vai acontecer...vamos esperar!!!

sábado, 6 de setembro de 2014

A última cartada...

Já circulam pelas bancas de jornais de todo o País, os exemplares da revista "Veja" dessa semana com a matéria de capa sendo toda sobre o delação premiada do ex diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, onde dentre tantas coisas, ele apresenta uma lista de políticos da base aliada e até mesmo o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente aéreo esse ano em plena campanha eleitoral para presidente.Pois bem, me parece que essa é a última cartada que Aécio Neves terá para tentar dar uma sobrevida à sua campanha que despencou nos últimos dias e que corre sérios riscos de fazer com o que o seu partido, o PSDB, saia menor desse processo eleitoral, do que ele entrou.

Mas é necessário que os estrategistas tenham muito cuidado ao desferir os golpes. insisto, o alvo deve ser o governo, o PSDB é oposição e oposição que bate em oposição tende a se enfraquecer e atacar a Marina é fechar as portas para uma possibilidade real de tirar o PT do poder, mesmo que para isso, tenha que abrir mão de um eventual segundo turno. Ser estrategista significa pensar a longo prazo, sem paixões e sem se deixar levar por arroubos de improvisações, é necessário que se pense no que é mais importante para as oposições no momento.

E mais, o nome ligado à Marina que foi citado pelo ex-diretor da Petrobrás é o de Eduardo Campos, um morto e a história política brasileira relata que não é saudável atacar os mortos. Aos mais conservadores que apoiam Aécio e vêem em Marina uma petista camuflada, prestem atenção no programa de governo da candidata, na principal diferença entre o que pensam os tucanos e petistas, que é a condução da economia, o projeto de Marina tende muito mais para o lado tucano do que para o lado petista.

Aguardaremos o desenrolar das denúncias de Paulo Roberto Costa, vejamos como vão se comportar as principais campanhas eleitorais, qual será o passo que Dilma e Aécio (principalmente) irão tomar. Essa semana que entra promete ser de fortes emoções para os postulantes ao Palácio do Planalto e para a platéia que assiste a tudo de camarote.

Se eu fosse você...

Eu usei o título de uma famosa comédia brasileira, para pode ilustrar uma situação, digamos, tragicômica, pela qual passa a campanha do tucano Aécio Neves. Após despencar com o vertiginoso crescimento da candidatura de Marina Silva, Aécio viu que sua chance de chegar ao segunda não estivesse no turno só seria possível se Marina não estivesse no páreo e vendo isso, alguns apoiadores desandaram a bater forte na candidata do PSB. 

Em cima disso usei o titulo da postagem, pois se eu fosse da campanha do Aécio, pararia com essa bobagem de ficar atacando a candidatura de Marina e concentraria a artilharia em cima da presidente Dilma e explico o motivo: Em uma eventual vitória de  Marina, o PSDB tem chances reais de ocupar um espaço considerável no governo, seja de forma orgânica, seja através de algumas de suas lideranças de expressão. Já em um segundo mandato de Dilma, o partido verá seu tamanho reduzido consideravelmente, ficando sem ser nem a sombra de um partido que já ficou no poder durante 8 anos. O cenário que vem sendo desenhado fica cada da mais claro e só não enxerga quem não quer, Aécio está ficando de fora do segundo turno,

E a estratégia de atacar Marina, no intuito de tirar-lhe a vaga no segundo turno, só reforçara a consolidação de Dilma como vencedora do 1º turno e dificultará as negociações para um 2º turno e uma eventual vitória de Marina, Sei que ainda existem ingênuos que acreditam em uma "virada" tucana, vide a euforia causada pela delação premiada do ex diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa por parte de líderes tucanos (bem verdade que esse fato mexeu forte com a estrutura de campanha petista, mas isso vou abordar em outro texto). A campanha de Aécio deve "esquecer" Marina por um tempo e aproveitar esses últimos momentos de campanha para centralizar seus ataques na presidente Dilma, pois só assim, poderá preservar um capital político capaz de assegurar visibilidade política ao seu partido a partir de 2015.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Desejo...

"Eu quero ir minha gente...eu não sou daqui, eu não tenho nada....quero ver Irene rir, quero ver Irene dar sua risada!!!"

(O belo poema de Caetano Veloso na música "Irene" de 1969, os bons entenderão!!!)

Chama o Síndico!!!

A sempre bem informada colunista da "Folha de São Paulo" Mônica Bergamo, soltou hoje em sua coluna no jornal, que o ex-presidente Lula foi acionado às pressas para conversar com o seu ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, com o objetivo de tentar impedir que Meirelles declare seu apoio à candidatura de Marina Silva para presidente...

De acordo com patentes de alto coturno do Palácio do Planalto, um apoio declarado de Meirelles selaria de vez o apoio do mercado financeiro à Marina e isso, de acordo com esses mesmos estrategistas, seria fatal para o projeto de reeleição da presidente Dilma.

Vamos ver o que Lula consegue fazer...mas, pelo visto, na direção de campanha de Dilma, o apelo já foi feito: "Chama o Síndico!!!"

Uma vez Flamengo...por que não os outros

Entramos em uma semana importantíssima para o futuro do futebol brasileiro. E não falo apenas por ser mais uma decisão de Libertadores (...