A artilharia pesada disparada pela campanha da presidente Dilma/PT em direção à candidata do PSB Marina Silva começam a apresentar as suas primeiras consequências e levantam uma série de divagações e discussões sobre os rumos da campanha presidencial nessa reta final de disputa. Os primeiros resultados dos ataques ficaram nítidos quando olhamos os números das pesquisas realizadas nos últimos dias e que mostram que a presidente Dilma conseguiu um pequeno "suspiro" de crescimento e também conseguiu estancar o crescimento acelerado de Marina, crescimento esse que causou calafrios no alto comando petista. Outra importante consequência dos ataques presidenciais, foi a polarização da disputa entre as duas candidatas, deixando praticamente de fora, o candidato do PSDB Aécio Neves.
Mas, como tudo na vida, esse ataques têm um preço e esse preço pode ser uma aura de vitimização em torno de Marina, que em um possível segundo turno onde o tempo de TV será igual e o tempo de campanha será reduzido, seja tarde demais para poder mudar de tática e acabe dando à Marina, o discurso e os argumentos que ela necessita para derrotar Dilma.
Eu explico o raciocínio: No primeiro turno, Dilma tem tempo de sobra para desferir qualquer tipo de ataque e contra qualquer adversário, tanto Marina, quanto Aécio não possuem tempo suficiente para apresentar suas propostas e ao mesmo tempo, rebater qualquer ataque recebido, o que coloca a presidente em uma posição de vantagem muito grande nesse primeiro turno. Só que, essa estratégia se baseia na condição de uma vitória já nesse primeiro turno, estratégia essa que era a inicial da campanha de Dilma, mas que, com a morte de Eduardo Campos e a ascensão de Marina, o cenário passou a ser outro. Se os ataques continuarem e Dilma vencer no primeiro turno, terá valido à pena toda essa violência empregada contra Marina, buscando através de suposições, trazer o medo como peça principal de enfrentamento político,
Agora, se houver segundo turno, vejo com muita cautela se a estratégia do medo será a mais adequada para enfrentar Marina em uma disputa rápida e com tempos de mídia iguais. É necessário que a campanha da presidente deixe de lado a cegueira de poder que a cerca e pense com mais clareza sobre como enfrentar Marina e como expor melhor o que pretende para um segundo mandato. mostrar para a sociedade o porque de dar mais uma chance para a petista nos próximos 4 anos.
Como várias vezes eu já me posicionei aqui, muita coisa pode acontecer nessa eleição, mas se o cenário continuar se apresentando como agora, é bom que as cabeças pensantes do Palácio do Planalto analisem bem o prosseguimento dessa estratégia de medo e pânico contra Marina, pois pode ser que esse veneno atinja seus próprios causadores e mais, vamos ver qual a postura da campanha de Aécio Neves, será que o tucano vai continuar acreditando em uma virada? Vai entender que está fora da disputa e vai se concentrar em não perder seu espaço em Minas Gerais? E Marina, o que vai fazer para responder aos ataques que vem sofrendo?
Muita coisa ainda vai acontecer...vamos esperar!!!
2 comentários:
Acho que ela esta errando na estratégia de coitadinha.
Essa apelação emocional pode ser um tiro no pé.
Ela esta sendo candidata a presidência, não a sindica de prédio.
Verdade, Rita...
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