terça-feira, 23 de setembro de 2014

Nascido em 1978

Publico aqui, mais um texto de meu irmão Marco Campos....vale a pena a leitura, só para constar, ele nasceu de fato em 1978!!!

"Nasci em 1978.
Foi o ano que a China iniciou seu processo de reforma macro-econômica - com Deng Xiaoping.
A modernização da economia chinesa resultante dessas reformas, impulsionou toda a economia mundial do século XXI.

Fomentou a expansão da classe média na China, Índia, Rússia, Brasil, África do Sul...
Mas não apenas nesses países. Outros lugares que até então não conheciam a universalização da classe média se depararam com essa nova realidade.
A chamada “Primavera Árabe” dificilmente aconteceria da maneira que aconteceu sem que antes houvesse o recrudescimento dessa classe média emergente.
Talvez essa nova classe média mundial seja uma possível chave para um acordo de paz definitivo na Cisjordânia com a criação de um Estado Palestino.
Contudo, o ciclo do crescimento chinês começa a dar sinais de caduquice, o que pode pôr em cheque o crescimento da economia global, sobretudo para nós, os emergentes.
Nasci em 1978, o ano que começou o século XXI."

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Viras e Voltas

Olhando o cenário político-social brasileiro, vejo como bem interessante a forma como alguns ideais e objetivos políticos podem transforma-se à ganhar "Vida Própria", independente de quem são seus criadores ou  defensores originais...

Os exemplos são interessantes

Quem nos dias de hoje, obviamente sem os recursos das aulas de História e d cinema, poderia imaginar que Abraham Lincoln, um dos maiores símbolos da democracia norte americana e que foi responsável direto pelo fim da escravidão legal no EUA, pertencia ao Partido republicano, o mesmo de Ronald Reagan e da família Bush??? E mais ainda, que as progressistas leis trabalhistas, que até hoje servem de bandeira de luta da esquerda ocidental, têm em larga escala, origens no Fascismo Português e Italiano???

É bem verdade que boa parte dos serviços promovidos pelo chamado Estado de Bem Estar Social possui como origem a Social Democracia européia do pós guerra. Tais serviços como a universalização da saúde, a universidade pública e gratuita foram conseguidos através de muita luta depois da tragédia que foi a segunda grande guerra.sua origem. Nesse caso, é bem interessante notar, que a sua origem, apesar de remontar à esquerda européia, se trata da esquerda moderada, da chamada Social democracia e não de conquistas ligadas diretamente aos ideários Marxistas/Leninistas tradicionais e mais esquerdistas, como alguns tentam colocar em seus discursos aqui no Brasil.

Entretanto, outras bandeiras tradicionais nas esquerdas de boa parte da Europa, America e Brasil, possuem origem ou inspiração remota na Revolução Francesa e no Liberalismo Inglês. Afinal, os conceitos de igualdade e liberdade individual que são herdados do Iluminismo, foram implementados primeiramente na França, Inglaterra e EUA. Por exemplo, a atual luta pela descriminalização das Drogas e do Aborto, a luta por uma Reforma Tributária possuem, em última analise, como substrato, esses dois conceitos citados anteriormente: A Igualdade e a Liberdade.

O engraçado é que, a esquerda tende a privilegiar o primeiro e a direita o segundo, porém, ambos são herdeiros de um mesmo processo histórico, a chamada grade revolução burguesa ou simplesmente: Revolução Francesa e não nas ditas revoluções socialistas ou comunistas, como as Revoluções: Russa, Chinesa ou Cubana!!! Penso na importância de analisar esses fatos, para que depois não se acabe fazendo apologias equivocadas e buscando sustentações teóricas em teorias erradas. É importante que se levantem bandeiras de lutas, mas é importante mais ainda,s aber qual a origem dessas lutas e quais ideais as sustentam.

Essas reflexões são oriundas de observações e de várias conversas com meu irmão Marco Campos, que por sinal é co autor deste texto!!!

Sensações...

As vezes me atrevo a escrever versos, nem tão versos, porém, os meus versos...vou reproduzir um aqui no Blog, se chama: "Sensações"

Sensações

Mais do que um doce desejo, vejo teu corpo suado...correndo...cavalgando pelos pampas, como se os pampas estivessem em ti...

Eu sinto teu cheiro, não te vejo, sinto teu corpo, não te toco...tantas sensações, tantas situações...

Sem regras, com as nossas regras...
Sem pressa, com a nossa pressa...

A vontade de estar contigo, a vontade de entrar em ti...vivendo os momentos que temos, amando do jeito que queremos

Sem regras, com as nossas regras...
Sem pressa, com a nossa pressa...

Vendo a agua descendo do monte, para que eu possa beber na tua fonte...

Sem regras, com as nossas regras...
Sem pressa, com a nossa pressa...

Sensações, situações

Analise da família...

Este blog sempre teve o hábito de postar textos de amigos e colaboradores, que encontram aqui, um espaço para expressar as suas ideias e pensamentos. E me deixa muito feliz quando esse texto é de alguém que é muito mais que amigo, é o meu próprio irmão Marco Campos, que fez algumas considerações sobre uma entrevista que ele assistiu na TV, vamos ao texto:

"Algumas considerações acerca da entrevista da candidata Luciana Genro no programa do Danilo Gentili (15/092014).

1) A reforma tributária ou 'revolução tributária' que ela propõe, sobretudo no quesito de taxação das grandes fortunas não me parece nenhum sonho impossível e algo que acredito corresponderia ao interesse da população;


2) Legalização da maconha: ela aponta para uma antiga ideia de inspiração do Liberalismo Clássico, que seria um direito individual do cidadão escolher o que fazer com seu corpo desde que isso não afete negativamente outros indivíduos;

3) Política Econômica: ela foi simplista e em certa medida demagógica. Não se pode criar e dividir riqueza só com a produção, sem os ativos cambiais. Por exemplo para se financiar um grande projeto é possível que o país não tenha essa liquidez (dinheiro), e para não precisar recorrer ao Tesouro Nacional, ele pede financiamento externo, do mercado financeiro, aí ela derrapou feio;

4) Pergunta do Roger: sobre os crimes cometidos pelo chamado Socialismo Real: ela jogou tudo para a costa larga do stalinismo omitindo que outros regimes como a China, Albânia, Iugoslávia, por exemplo não se denominavam 'stalinistas' e contudo, não dispensaram governar pelo terror: censura, perseguição e extermínio em massa da oposição."

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Uma exceção pela Gratidão e pela boa Política

Os meus amigos aqui do blog irão estranhar, com certeza, essa postagem que farei agora, pois desde a criação deste espaço, em 2008, eu jamais usei uma postagem para pedir voto para quem quer que seja e olha que muitas oportunidades não me faltaram (inclusive oportunidades financeiras), mas a intenção deste blog sempre foi a de debater, polemizar, instigar e não a de fazer campanha para quem quer que seja. Mesmo aqueles políticos sérios e que até mereciam ter um espaço para poder fazer campanha aqui nesse espaço.

Mas um dos ensinamentos que herdei de meu pai e acredito na grandeza desse gesto. falo da gratidão, a gratidão que tanto falta em nossa sociedade e também na vida política brasileira. E em nome dessa gratidão, quero pedir aos amigos e leitores desse blog, principalmente aqueles que são de Laranjeiras do Sul/PR e região, que no dia 05 de outubro votem em Berto Silva (PSC), ex-prefeito de Laranjeiras em dois mandatos e que tem um vasto conhecimento sobre as reais necessidades da região da Cantuquiriguaçu e do Paraná. Berto é radialista e com grande poder de transito e articulação com diversas correntes políticas do Estado. Berto tem como ser um grande representante da região, pois pode dialogar com qualquer das forças que venha a assumir o Poder no estado nos próximos 4 anos.

Mas por que comecei esse texto de pedido de voto falando em gratidão? Conheço Berto Silva desde 2004, foi umas das primeiras pessoas que confiou em mim e que me deu uma oportunidade de trabalhar em sua campanha vitoriosa à prefeito de Laranjeiras do Sul  naquele ano, mesmo sem me conhecer, Berto acreditou no meu trabalho e acabamos vencendo aquela eleição, começando um processo grande de transformação e desenvolvimento que acabou se consolidando em seu segundo mandato quatro anos depois.

Mas não somente por gratidão eu usaria esse espaço que tanto prezo para pedir os voto de vocês. Acredito que Berto Silva será um excelente parlamentar, que saberá representar e honrar cada um dos votos que obtiver e que saberá, como poucos, conseguir recursos e desenvolvimento para Laranjeiras do Sul e para a região da Cantuquiriguaçu. Como disse antes, Berto tem grande transito e experiência nas articulações por recursos, além disso, sempre fui favorável que cada região possa eleger seu representante, para que as reivindicações e necessidades dessas regiões sejam atendidas com mais rapidez e qualidade.

Como os amigos e leitores sabem, eu estou morando em Porto Alegre a partir deste mês de setembro, mas no dia 05 de outubro, faço questão de estar em Curitiba, para poder votar nas eleições vindouras e também para dar esse voto de confiança em Berto Silva, número 20.158, para deputado estadual e tenho certeza que a região da Cantuquiriguaçu terá um baita representante na Assembléia Legislativa a partir do ano que vem.



domingo, 14 de setembro de 2014

"Uber alles in der Welt"

Os amigos leitores do blog podem estranhar o título dessa postagem ser em alemão, aliás, o título da postagem foi extraído do belo hino alemão e, em uma tradução livre, pode ser entendido como "Acima de tudo no mundo". A intenção de usar essa frase é para falar um pouco sobre o que está "Acima de tudo" na nossa sociedade e, obviamente, se reflete em nossa classe política e é justamente esse ponto que vejo como importante de ser debatido aqui nesse espaço.

Com a possibilidade real de perder o Poder, que foi conquistado legitimamente pelas urnas em 2002, alguns setores da alta direção do PT se viram em um clima de verdadeiro terror, pois quase uma geração inteira de filiados do partido não sabe o que é militar fora do Poder, não sabe o que significa ter que amargar um período na oposição, sem aquilo que André Franco Montoro dizia: "As benesses do Poder". E essa perspectiva fez com que alguns desses dirigentes começassem a espalhar entre os filiados e militantes do partido que existe uma necessidade de se manter no Poder a qualquer custo, não se importando com os métodos que por ventura, venham a ser empregados.O que importa é a manutenção do Poder.

Apesar de não ser uma prática ilegal e alguns também não a acharão imoral, não vejo isso como uma prática salutar para o processo democrático (deixando claro que esse meu pensamento serve para qualquer partido e não somente para o PT. O PSDB em São Paulo, por exemplo, seria interessante para os paulistas que houvesse também uma alternância no Poder), uma mudança no Poder e por conseguinte na oposição, é sempre salutar para o fortalecimento da democracia. Sou, por formação e convicção, parlamentarista. Tenho como principio que o parlamento é a melhor representação dos grupos que formam uma sociedade, mas infelizmente no Brasil, se tem a cultura do líder messiânico, aquele que, sozinho, será o responsável por trazer toda a sorte de benefícios para a sociedade.

Não creio que o Poder deva estar acima de tudo, a democracia é construída com o contraditório, com a divergência de opiniões, com a alternância de Poder. Quem convive com o partido único, Poder eterno e sem a divergência de opiniões é a Ditadura e é ela que todos nós devemos abominar e rechaçar. O Brasil não tem, na sua formação histórica, uma tradição democrática, pelo contrário, nossa sociedade conviveu muito mais com Ditaduras (fossem elas explicitas ou veladas), do que com regimes democráticos e isso interfere em várias de nossas "crenças" sobre o que deve ser um processo político democrático e ético.

Usar de qualquer "arma" para se manter no Poder não é uma postura democrática e muito menos uma postura digna de ser chamada de decente. espero que aqueles que ainda pensem dessa forma, reflitam sobre isso e passem a tratar a eleição como um processo democrático e que, caso sua ideia ou programa não prevaleça, isso não seja motivo para alimentar o ódio e o medo antes e depois da eleição. Eu quero muito que a melhor proposta para o país seja a vencedora e que a maioria da sociedade seja respeitada e que aqueles que queiram se valer do ódio, do medo e da falta de ética e moral, sejam cada vez mais minoria nesse País.

Utopia? Quem sabe? Talvez seja mesmo, porém, eu faço parte de um grupo de pessoas que acredita que: Uber alles in der Welt esteja a política tratada como ela deveria ser, com ética, moral e sem nenhuma forma de coação, medo ou constrangimento.

Reflexão

Essa é uma reflexão que "roubei" da amiga Rita Gomes Todeschini:


"O Mal da humanidade não é: Preconceito, racismo, homofobia.
Mas sim a intolerância"


.

Perguntar será que ofende?

Por que o individuo que pensa, não é valorizado no meio político brasileiro???

O Dilema de Aécio

Nessa reta final de campanha eleitoral, m deparo com série de dilemas de alguns candidatos e de seus desafios finais. Entre esses dilemas eu quero comentar alguma coisa sobre o que Aécio Neves/PSDB poderia ter feito nessa campanha eleitoral e que pode ter determinado a sua campanha tão abaixo das expectativas de seu partido e da própria sociedade. Aécio foi o candidato que mais saiu perdendo com a inusitada e trágica morte de Eduardo Campos, pois com Eduardo na disputa e não conseguindo sair do patamar de 10%, Aécio parecia conseguir uma possibilidade de garantir uma possível ida ao segundo turno contra a presidente Dilma/PT (Mesmo muito atrás, Aécio apostava que, em um segundo turno, teria condições de se igualar à presidente em tempo de mídia e isso o colocaria na disputa e também articulava um possível apoio de Eduardo).

Com a morte de Eduardo e a escolha de Marina Silva como candidata do PSB, Aécio se viu ultrapassado por Marina de uma forma que não esperava e que o coloca virtualmente fora da disputa presidencial e mais, correndo riscos de perder até em seu estado natal, Minas Gerais, e ver o seu partido se apequenar mais ainda em relação ao PT (seu principal antagonista). Mas Aécio também cometeu seus erros e foram erros fundamentais para também explicar seu desempenho na campanha, um dees foi o de não se assumir como uma candidatura ligada aos setores mais conservadores da sociedade brasileira. Esse dilema que é uma crônica do PSDB, o de querer ser uma esquerda democrática, e não se assumir como uma alternativa de centro direita, deixando que o discurso de esquerda do PT acabe sendo hegemônico na disputa eleitoral.

Marina Silva consegue trazer para o debate, questões que deveriam ser levantadas por Aécio, como a discussão sobre o papel do estado na condução da economia. Como não faço campanha e sim, analises dos processo eleitoral, não quero dizer que concordo ou não com essa proposta, o que quero mostrar aqui nesse espaço é que caberia ao PSDB de Aécio levantar esse debate na sociedade, debate sério, sem mentiras e medos e sim com argumentos para poder se contrapor ao que pensa o atual governo. Isso faz parte de ser oposição, apresentar alternativas que sejam diferentes da do seu adversário e não ficar dizendo que: "Vamos manter isso, vamos melhorar aquilo..." Ora, se é para manter o que se tem, não se precisa de um projeto de oposição. Aécio devia falar sim, sobre o que entende ser errado no atual governo e dizer o que fará diferente, sem medo de ser chamado de "Direita" (Medo clássico que consome o PSDB desde a sua fundação). Existe uma enorme parcela do eleitorado que é sim, de direita e que gostaria de ter reverberado o seu discurso por uma candidatura competitiva no processo eleitoral e não por candidaturas nanicas, como a do Pastor Everaldo/PSC.

Essa parcela do eleitorado não se importa com os discursos e com as conquistas sociais da esquerda brasileira, é um eleitorado conservador, que preza pela livre iniciativa e que, por incrível que pareça, começa a se simpatizar pelo discurso de "Nova Política" de Marina Silva/PSB, preferência essa, que deveria recair sobre Aécio e seu partido que afinal, são os principais opositores da atual gestão petista. Insisto em dizer, não estou dizendo que concordo ou não com as alterativas conservadoras ou progressistas, apenas faço analises sobre o que enxergo no cenário político brasileiro. Mas creio que seria muito salutar para a democracia brasileira que grandes partidos pudessem assumir projetos e ideologias mais consistentes, sejam elas de direita ou de esquerda e não ficarmos assistindo à espetáculos deprimentes de fisiologismos e de falta de segurança e convicção política.

sábado, 13 de setembro de 2014

Os ataques, êxitos e perigos!!!

A artilharia pesada disparada pela campanha da presidente Dilma/PT em direção à candidata do PSB Marina Silva começam a apresentar as suas primeiras consequências e levantam uma série de divagações e discussões sobre os rumos da campanha presidencial nessa reta final de disputa. Os primeiros resultados dos ataques ficaram nítidos quando olhamos os números das pesquisas realizadas nos últimos dias e que mostram que a presidente Dilma conseguiu um pequeno "suspiro" de crescimento e também conseguiu estancar o crescimento acelerado de Marina, crescimento esse que causou calafrios no alto comando petista. Outra importante consequência dos ataques presidenciais, foi a polarização da disputa entre as duas candidatas, deixando praticamente de fora, o candidato do PSDB Aécio Neves.

Mas, como tudo na vida, esse ataques têm um preço e esse preço pode ser uma aura de vitimização em torno de Marina, que em um possível segundo turno onde o tempo de TV será igual e o tempo de campanha será reduzido, seja tarde demais para poder mudar de tática e acabe dando à Marina, o discurso e os argumentos que ela necessita para derrotar Dilma.

Eu explico o raciocínio: No primeiro turno, Dilma tem tempo de sobra para desferir qualquer tipo de ataque e contra qualquer adversário, tanto Marina, quanto Aécio não possuem tempo suficiente para apresentar suas propostas e ao mesmo tempo, rebater qualquer ataque recebido, o que coloca a presidente em uma posição de vantagem muito grande nesse primeiro turno. Só que, essa estratégia se baseia na condição de uma vitória já nesse primeiro turno, estratégia essa que era a inicial da campanha de Dilma, mas que, com a morte de Eduardo Campos e a ascensão de Marina, o cenário passou a ser outro. Se os ataques continuarem e Dilma vencer no primeiro turno, terá valido à pena toda essa violência empregada contra Marina, buscando através de suposições, trazer o medo como peça principal de enfrentamento político,

Agora, se houver segundo turno, vejo com muita cautela se a estratégia do medo será a mais adequada para enfrentar Marina em uma disputa rápida e com tempos de mídia iguais. É necessário que a campanha da presidente deixe de lado a cegueira de poder que a cerca e pense com mais clareza sobre como enfrentar Marina e como expor melhor o que pretende para um segundo mandato. mostrar para a sociedade o porque de dar mais uma chance para a petista nos próximos 4 anos.

Como várias vezes eu já me posicionei aqui, muita coisa pode acontecer nessa eleição, mas se o cenário continuar se apresentando como agora, é bom que as cabeças pensantes do Palácio do Planalto analisem bem o prosseguimento dessa estratégia de medo e pânico contra Marina, pois pode ser que esse veneno atinja seus próprios causadores e mais, vamos ver qual a postura da campanha de Aécio Neves, será que o tucano vai continuar acreditando em uma virada? Vai entender que está fora da disputa e vai se concentrar em não perder seu espaço em Minas Gerais? E Marina, o que vai fazer para responder aos ataques que vem sofrendo?

Muita coisa ainda vai acontecer...vamos esperar!!!

sábado, 6 de setembro de 2014

A última cartada...

Já circulam pelas bancas de jornais de todo o País, os exemplares da revista "Veja" dessa semana com a matéria de capa sendo toda sobre o delação premiada do ex diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, onde dentre tantas coisas, ele apresenta uma lista de políticos da base aliada e até mesmo o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente aéreo esse ano em plena campanha eleitoral para presidente.Pois bem, me parece que essa é a última cartada que Aécio Neves terá para tentar dar uma sobrevida à sua campanha que despencou nos últimos dias e que corre sérios riscos de fazer com o que o seu partido, o PSDB, saia menor desse processo eleitoral, do que ele entrou.

Mas é necessário que os estrategistas tenham muito cuidado ao desferir os golpes. insisto, o alvo deve ser o governo, o PSDB é oposição e oposição que bate em oposição tende a se enfraquecer e atacar a Marina é fechar as portas para uma possibilidade real de tirar o PT do poder, mesmo que para isso, tenha que abrir mão de um eventual segundo turno. Ser estrategista significa pensar a longo prazo, sem paixões e sem se deixar levar por arroubos de improvisações, é necessário que se pense no que é mais importante para as oposições no momento.

E mais, o nome ligado à Marina que foi citado pelo ex-diretor da Petrobrás é o de Eduardo Campos, um morto e a história política brasileira relata que não é saudável atacar os mortos. Aos mais conservadores que apoiam Aécio e vêem em Marina uma petista camuflada, prestem atenção no programa de governo da candidata, na principal diferença entre o que pensam os tucanos e petistas, que é a condução da economia, o projeto de Marina tende muito mais para o lado tucano do que para o lado petista.

Aguardaremos o desenrolar das denúncias de Paulo Roberto Costa, vejamos como vão se comportar as principais campanhas eleitorais, qual será o passo que Dilma e Aécio (principalmente) irão tomar. Essa semana que entra promete ser de fortes emoções para os postulantes ao Palácio do Planalto e para a platéia que assiste a tudo de camarote.

Se eu fosse você...

Eu usei o título de uma famosa comédia brasileira, para pode ilustrar uma situação, digamos, tragicômica, pela qual passa a campanha do tucano Aécio Neves. Após despencar com o vertiginoso crescimento da candidatura de Marina Silva, Aécio viu que sua chance de chegar ao segunda não estivesse no turno só seria possível se Marina não estivesse no páreo e vendo isso, alguns apoiadores desandaram a bater forte na candidata do PSB. 

Em cima disso usei o titulo da postagem, pois se eu fosse da campanha do Aécio, pararia com essa bobagem de ficar atacando a candidatura de Marina e concentraria a artilharia em cima da presidente Dilma e explico o motivo: Em uma eventual vitória de  Marina, o PSDB tem chances reais de ocupar um espaço considerável no governo, seja de forma orgânica, seja através de algumas de suas lideranças de expressão. Já em um segundo mandato de Dilma, o partido verá seu tamanho reduzido consideravelmente, ficando sem ser nem a sombra de um partido que já ficou no poder durante 8 anos. O cenário que vem sendo desenhado fica cada da mais claro e só não enxerga quem não quer, Aécio está ficando de fora do segundo turno,

E a estratégia de atacar Marina, no intuito de tirar-lhe a vaga no segundo turno, só reforçara a consolidação de Dilma como vencedora do 1º turno e dificultará as negociações para um 2º turno e uma eventual vitória de Marina, Sei que ainda existem ingênuos que acreditam em uma "virada" tucana, vide a euforia causada pela delação premiada do ex diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa por parte de líderes tucanos (bem verdade que esse fato mexeu forte com a estrutura de campanha petista, mas isso vou abordar em outro texto). A campanha de Aécio deve "esquecer" Marina por um tempo e aproveitar esses últimos momentos de campanha para centralizar seus ataques na presidente Dilma, pois só assim, poderá preservar um capital político capaz de assegurar visibilidade política ao seu partido a partir de 2015.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Desejo...

"Eu quero ir minha gente...eu não sou daqui, eu não tenho nada....quero ver Irene rir, quero ver Irene dar sua risada!!!"

(O belo poema de Caetano Veloso na música "Irene" de 1969, os bons entenderão!!!)

Chama o Síndico!!!

A sempre bem informada colunista da "Folha de São Paulo" Mônica Bergamo, soltou hoje em sua coluna no jornal, que o ex-presidente Lula foi acionado às pressas para conversar com o seu ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, com o objetivo de tentar impedir que Meirelles declare seu apoio à candidatura de Marina Silva para presidente...

De acordo com patentes de alto coturno do Palácio do Planalto, um apoio declarado de Meirelles selaria de vez o apoio do mercado financeiro à Marina e isso, de acordo com esses mesmos estrategistas, seria fatal para o projeto de reeleição da presidente Dilma.

Vamos ver o que Lula consegue fazer...mas, pelo visto, na direção de campanha de Dilma, o apelo já foi feito: "Chama o Síndico!!!"

Perguntar será que ofende?

Só mesmo a Marina Silva para unir PT e PSDB em um objetivo comum???

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Pensar antes de agir

Como meus amigos leitores deste blog devem saber, trabalho com o material da Escola da Inteligência (um material criado e desenvolvido a partir da Teoria da Inteligência Multifocal do Dr Augusto Cury) e que apresenta-se como uma ferramenta para o gerenciamento e proteção sócio-emocional, principalmente no ambiente escolar. Pois bem, um dos princípios que regem essa ferramenta é fazer com que as pessoas consigam desenvolver a capacidade de controlar e gerenciar melhor as suas emoções e isso é extremamente necessário para que não fiquemos emocionalmente doentes, ainda mais com a sociedade atual.

Fiz esse pequeno prefácio apenas para falar sobre como o "Pensar antes de agir ou reagir" como preconiza a Escola da Inteligência é importantíssimo para que não sejamos vítimas de nossos próprios atos. Vejamos o caso da Patricia Moreira, a moça que foi flagrada pelas câmeras de TV, chamando o goleiro do Santos de "Macaco", na partida entre Grêmio e Santos pela Copa do Brasil na Arena do Grêmio. A vida dessa moça se transformou em um verdadeiro inferno. Além de perder seu emprego, ser processada pelo insulto proferido ao goleiro santista, ela ainda vem sofrendo uma série de ameaças de pessoas tão imbecis quanto ela foi ao xingar o goleiro da equipe paulista (pois intransigência e ignorância, não se combate com mais intransigência e mais ignorância). Seu depoimento hoje foi cercado de muita pressão, onde ela foi xingada de várias formas e está vivendo quase que na clandestinidade em função das ameaças que vem sofrendo.

Pois bem, essas ameaças e agressões que ela vem sofrendo, não são atitudes saudáveis e nem tampouco merecidas por parte dela. O que me remete a escrever esse texto é para alertar à todos nós, o perigo que corremos ao agir sem pensar, ao agir por impulso ou por influência de outros. Não conheço a jovem Patricia, mas pelo que venho acompanhando, ela não me parece ter a exata noção do tamanho da bobagem que fez e nem imaginava que as consequências seriam terríveis para ela. Isso é um triste exemplo, mas que serve para entendermos que não podemos nos deixar levar pelas emoções e pelo "calor" de uma situação de tensão.

A Patricia,  provavelmente, se deixou levar pelos gritos que ouvia e não pensou antes de aderir aos xingamentos se deixou dominar pela emoção, não teve um "EU" forte o suficiente para perceber a gravidade da situação. E agora sofre na pele (que ironia), as consequências de sua falta de gerenciamento emocional.

Reitero que não tenho nenhuma ligação ou simpatia pela jovem gremista e estou longe de justificar a sua atitude, a minha intenção é a de trazer à tona o debate sobre o gerenciamento e a proteção emocional, algo que, estamos necessitados de aprender a conhecer e a utilizar.

Em tempo, não concordo com a punição dada pelo STJD à equipe do Grêmio. A instituição ser punida pela atitude de poucos que, nem representam o clube, é um exagero, uma vaga oportunidade do ilustre tribunal demonstrar a sua "sintonia" com a sociedade. a instituição Grêmio foi construída com a participação, o sangue e o suor de várias etnias e um caso isolado não deve manchar a ceentenária história desse importante clube brasileiro e um dos símbolos do Rio Grande do Sul

Consolidada

A última pesquisa do IBOPE veio confirmar o que o Datafolha já havia preconizado semana passada, o crescimento de Marina Silva/PSB está devidamente consolidado, não existe mais nenhuma dúvida (mesmo que alguns petistas mais fanáticos ainda possam crer) de que teremos segundo turno nas eleições presidenciais deste ano, e que esse segundo turno será entre a presidente Dilma/PT e a candidata do PSB. E isso não deixa de ser muito bom para a política brasileira, pois termina com a polarização tucano/petista e coloca na disputa uma política que, mesmo ainda não se definindo claramente, já desponta como a via que faltava na política nacional.

Minha intenção neste blog é a de analisar o que vejo, os cenários montados, não tenho a pretensão de interferir no julgamento de ninguém e tampouco fazer campanha eleitoral. Mas vejo uma série de dificuldades para a atual presidente se manter no cargo por mais 4 anos e explico o por que: A campanha de Dilma foi toda preparada e articulada para o enfrentamento com o tucanato de Aécio e como tal, tudo foi jogado no sentido de comparar a "Era Lula" com a "Era FHC" (comparação esta puramente eleitoral, pois não se pode fazer comparações históricas utilizando-se de fatos isolados, sem analisar o contexto de cada um desses fatos) e nesse cenário ainda havia a presença de Eduardo Campos/PSB, um ex-aliado que buscava conquistar espaço político visando 2018.

Com a morte de Campos surgiu um fato diferente na campanha, o que já chamei aqui de "Imponderável", que foi justamente a unção de Marina à qualidade de cabeça de chapa (trazendo com ela o cadáver de Eduardo sim, é verdade) e a certeira escolha do vice na chapa, o deputado gaúcho Beto Albuquerque/PSB, um político com experiência de articulação no legislativo e que tem excelente transito em setores que Marina possui dificuldades em transitar, o que fortaleceu bastante as articulações de bastidores com importantes segmentos da sociedade brasileira.

A mudança de tom da campanha de Dilma foi o primeiro e mais forte sinal de que minha analise tem eco dentro do comando de campanha petista. Ao buscar desqualificar Marina, fazendo comparações  inclusive com Collor, aliado do Planalto, os estrategistas de Dilma deixaram claro que o norte da campanha foi alterado, o adversário é outro e esse adversário trás consigo uma série de características que dificultam o embate direto. Marina está longe de ser a personificação das manifestações de junho passado, quando o Palácio do Planalto foi sacudido com uma série de manifestações populares que não tinham um rosto definido, mas que bradava o discurso da mudança. Talvez Marina não seja essa mudança, talvez ela seja apenas uma peça nova em um jogo já antigo, mas o certo é que, entre a dúvida com o que pode ser um governo Marina e a certeza que já conhece de um governo Dilma, uma enorme parcela da sociedade vai preferir apostar na professora seringueira.

Insisto, não tenho vocação para "pitonisa" ou como profeta, mas o cenário hoje é muito mais favorável à Marina do que a Dilma e isso independe da presidente continuar na frente no primeiro turno. O cenário nebuloso para o Planalto é justamente o fato da eleição caminhar para o segundo turno, onde o leque de alianças que Marina pode conseguir é, de longe, maior do que a da presidente Dilma e isso é fator determinante para um sucesso ou fracasso na segunda fase do processo eleitoral. 

Tudo pode mudar de hoje para amanhã, outros "imponderáveis" podem acontecer, mas se tudo continuar seguindo esse caminho que as duas pesquisas de opinião sinalizaram, teremos um fato inédito na política brasileira: Duas mulheres no segundo turno da eleição presidencial e mais, a possibilidade de uma mulher substituir a outra na presidência da Republica. Vejo isso como muito salutar para a política brasileira e como um avanço para o processo de amadurecimento político da sociedade. Minha aposta de quem governará o País nos próximos 4 anos? Resposta direta e fácil: Uma mulher!!!

Vamos esperar para ver!!!

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Vale Tudo

Como os meus ilustres leitores sabem, eu tenho como hábito assistir aos programas eleitorais gratuitos na TV. Minha ação, que beira a insanidade intelectual, sempre foi motivada pela minha paixão por política desde os meus 13 anos, quando participei da criação do Grêmio Estudantil da escola em que estudava. Como estava dizendo, assisto aos programas eleitorais e me chamou bastante a atenção, o programa da presidente e candidata à reeleição Dila Roussef/PT. Em seu programa da semana passada, a equipe de campanha da presidente resolveu partir para o chamado "Vale Tudo", um verdadeiro "Terrorismo" voltado contra a candidata Marina Silva/PSB (Que surpreendeu à todos na última pesquisa de intenção de votos, já empatando com a presidente).

O programa petista levou ao ar imagens que associam uma possível vitória de Marina, como sendo a incerteza de uma aventura e não como algo pensado com a razão. Essa guinada nos rumos do programa de Dilma é fruto daquilo que eu já havia comentado aqui, a morte de Eduardo Campos, aliada ao "cansaço" que o eleitor vem demonstrado com a alternância PT/PSDB no poder, fez de Marina um "imponderável" dentro dessa disputa, o que forçou os marqueteiros da presidente a reverem seus conceitos e suas estratégias.

Ao comparar Marina com Jânio Quadros e Collor (Collor este que é aliado do governo, diga-se de passagem), a campanha de Dilma demonstra claramente que foi pega totalmente de surpresa com o crescimento de Marina e que o pragmatismo fala mais alto que qualquer outra coisa, quando se fala em manter o poder a todo custo. Na campanha de 2011 a atriz Regina Duarte apareceu no programa do então candidato à presidência José Serra/PSDB, falando que tinha "medo" do que poderia vir a ser um eventual governo Lula/PT (Então postulante ao cargo na disputa com o tucano). A estratégia acabou se tornando um "tiro no pé", pois os petistas usaram isso como mote para lançar a vitória campanha que tinha como principal mote: "A Esperança vencerá o medo".

Pois bem chegou o momento, 13 anos depois, de sabermos quem vencerá o atual "medo" que toma conta do alto comando petista, continuaremos a ver o programa da presidente atacando diretamente a campanha de Marina? Essa estratégia surtirá efeito? Essa nova polarização é benéfica para o PT? Somente as urnas poderão responder estas questões, o certo é que, após 12 anos de poder, o PT se vê pela primeira vez, na iminência de sair do comando do País e isso, pelo que estou vendo, o partido se encontra longe de estar preparado.


Uma vez Flamengo...por que não os outros

Entramos em uma semana importantíssima para o futuro do futebol brasileiro. E não falo apenas por ser mais uma decisão de Libertadores (...