Bem...amanhã, por volta das 21 horas, horário de Brasilia, a sociedade brasileira conhecerá quem será o gestor do governo brasileiro pelos próximos 4 anos. Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), são os protagonistas de umas das mais acirradas disputas de segundo turno, desde que foi instituída a redemocratização no País. Entre insultos, denúncias, ataques e poucas propostas efetivas, chegam ao dia decisivo em empate técnico e com resultado completamente em aberto (por mais que meus queridos leitores petistas e tucano insistam em dizer o contrário).
A eleição de amanhã promete fortes emoções e talvez, até mesmo, a possibilidade de algumas acaloradas discussões durante o processo de votação. Quanto a esse aspecto, acredito que as medidas que os órgãos de segurança tomaram, sejam suficientes para prevenir e conter excessos. O certo é que, depois de 12 anos no Poder, o PT se vê, pela primeira vez em anos, na possibilidade de perder a eleição para o seu "arqui rival" PSDB, que após 3 tentativas adotando uma postura tímida em defesa do governo FHC, dessa vez, com Aécio, parece ter assumido esse período de governo e defendendo abertamente, aquilo que considera como avanços desse período.
Dilma me parece tensa demais para quem tem a estrutura do Poder nas mãos, apesar do excelente trabalho (mais uma vez) do marqueteiro João Santana, a presidente não consegue transmitir aquela segurança que, por exemplo, Lula sempre teve e conseguiu transferir para ela em 2010. Sei que essa é, de fato, a primeira eleição de Dilma (dessa vez ela é a protagonista), mas eu esperava mais de quem passou 4 anos á frente do executivo do País e que, quando eleita foi, tinha como principal característica, a de grande gestora.
Aécio Neves é, de longe, o melhor dos candidatos tucanos que o PT enfrentou nesses 12 anos. Experiente, como Serra e Alckmin são, porém, com uma guinada um pouco mais para os setores liberais conservadores (o que provocará, independente do resultado da eleição, uma rediscussão dos rumos ideológicos do partido). Aécio pecou quando não foi mais incisivo no segundo turno, as oportunidades apareceram, mas o tucano preferiu o discurso da mudança (sem mostrar ao certo quais são essas ditas mudanças).
Como já falei aqui em outras postagens, não consegui enxergar nos postulantes ao cargo máximo do País, verdadeiras propostas de políticas de Estado, políticas que possam servir como um processo de amadurecimento e de continuidade de um projeto de Brasil forte, soberano e voltado, de verdade, para o século XXI. Já estou cansado de propostas eleitoreiras e de "pais e mães das crianças", que usam programas de sucesso (seja no âmbito federal ou estadual) como se fossem invenções suas e que, somente com seu grupo político, esses programas terão continuidade. Esse tipo de postura só mostra o quão é despreparada a nossa sociedade no exercício de seu direito ao voto (direito esse que somente será verdadeiro, quando for facultativo e não obrigatório).
Bem, seja como for, quero que todos estejam nas ruas amanhã, votando, e buscando contribuir de alguma forma para que nosso País avance, apesar deste blogueiro não acreditar nem um pouco nisso, É importante que se vote, talvez com a repetição seja possível construirmos uma qualidade maior em nossa sociedade. Apesar de tudo, sou um otimista, sempre fui e oxalá eu consiga participar de uma sociedade mais politizada, consciente e bem mais evoluída.
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