Continuando a falar sobre as idéias de transformar uma cidade em um lugar de convivência mais humana, quero dizer que: Tudo que estou pesquisando e o que estou escrevendo tem o objetivo de trazer á tona uma discussão que deveria ser do cotidiano de todos nós, qual o tipo de cidade queremos viver.
Eu tenho absoluta certeza que é preciso projetar esse lugar ideal, se não for assim, iremos se importar apenas com o fluxo de pessoas e mercadorias. A cidade vai se tornar um lugar insalubre, só de "passagem" e isso não será nenhum pouco saudável para nós e para aqueles que virão depois de nós. Voltando a falar de Jan Gehl, o seu ponto de partida para compreender uma cidade mais humana está no que ele chama de “comportamentos naturais do ser humano”. A partir disso, ele faz uma análise comportamental do uso, por exemplo, de uma escadaria na qual a pessoa pode se sentar, por que não? Será que tal escada serve apenas para a passagem?
Como eu disse na postagem anterior, Jan Gehl elaborou 12 critérios necessários para que tenhamos uma qualidade melhor em nossas cidades. Para melhorar a qualidade de vida nas cidades, é preciso que as pessoas possam voltar a viver e ter experiências positivas no local em que moram.
Em seu já citado livro "New City Life", o arquiteto dinamarquês escreve que a ideia de que “se melhores áreas urbanas são oferecidas, seu uso vai aumentar” vale tanto para espaços públicos amplos como para espaços privados. E, segundo ele, esses princípios são aplicáveis em várias culturas e partes do mundo, em vários climas e em diferentes economias e situações, portanto, essa infeliz idéia de que "não tem jeito" é somente uma desculpa de quem não tem o interesse político de que as coisas melhorem nas cidades. Existem diversas formas de melhorarmos a nossa qualidade de vida na cidade em que vivemos, basta que nos mobilizemos para encontrar a alternativa mais adequada para a nossa realidade.
De maneira geral, os critérios dão uma orientação de como os espaços públicos devem ser, do ponto de vista das pessoas: seguros, confortáveis e convidativos. A prioridade é sempre o deslocamento a pé (ou de bicicleta) e a promoção de atividades em conjunto, sejam compras, eventos ou apenas conversas. Gehl quer que, idealmente, o espaço diga: “Pare e olhe para todas as coisas que esse lugar tem a oferecer”.(qual foi a última vez que você parou para admirar o quão bela é, a arquitetura do centro de Porto Alegre, por exemplo?).
Eu tenho absoluta certeza que é preciso projetar esse lugar ideal, se não for assim, iremos se importar apenas com o fluxo de pessoas e mercadorias. A cidade vai se tornar um lugar insalubre, só de "passagem" e isso não será nenhum pouco saudável para nós e para aqueles que virão depois de nós. Voltando a falar de Jan Gehl, o seu ponto de partida para compreender uma cidade mais humana está no que ele chama de “comportamentos naturais do ser humano”. A partir disso, ele faz uma análise comportamental do uso, por exemplo, de uma escadaria na qual a pessoa pode se sentar, por que não? Será que tal escada serve apenas para a passagem?
Como eu disse na postagem anterior, Jan Gehl elaborou 12 critérios necessários para que tenhamos uma qualidade melhor em nossas cidades. Para melhorar a qualidade de vida nas cidades, é preciso que as pessoas possam voltar a viver e ter experiências positivas no local em que moram.
Em seu já citado livro "New City Life", o arquiteto dinamarquês escreve que a ideia de que “se melhores áreas urbanas são oferecidas, seu uso vai aumentar” vale tanto para espaços públicos amplos como para espaços privados. E, segundo ele, esses princípios são aplicáveis em várias culturas e partes do mundo, em vários climas e em diferentes economias e situações, portanto, essa infeliz idéia de que "não tem jeito" é somente uma desculpa de quem não tem o interesse político de que as coisas melhorem nas cidades. Existem diversas formas de melhorarmos a nossa qualidade de vida na cidade em que vivemos, basta que nos mobilizemos para encontrar a alternativa mais adequada para a nossa realidade.
De maneira geral, os critérios dão uma orientação de como os espaços públicos devem ser, do ponto de vista das pessoas: seguros, confortáveis e convidativos. A prioridade é sempre o deslocamento a pé (ou de bicicleta) e a promoção de atividades em conjunto, sejam compras, eventos ou apenas conversas. Gehl quer que, idealmente, o espaço diga: “Pare e olhe para todas as coisas que esse lugar tem a oferecer”.(qual foi a última vez que você parou para admirar o quão bela é, a arquitetura do centro de Porto Alegre, por exemplo?).
Uma das maiores dúvidas que sempre tive com relação aos espaços públicos nas grandes e médias cidades brasileiras está no aproveitamento das condições climáticas. Somos capazes de não passar frio no Canadá e morrer congelado em Curitiba (guardado o exagero, obvio). Nossas cidades não estão devidamente preparadas para a adaptação climática e isso é fundamental para uma qualidade de vida melhor no lugar em que mora.
De acordo com Gustavo Ortenblad. “Nós [os brasileiros] temos temperaturas muito mais favoráveis. A oferta de áreas para as pessoas poderem aproveitar a natureza, o meio ambiente, teria aqui um uso efetivo mais intenso durante o ano inteiro. Isso criaria uma nova relação do cidadão com a cidade. De afeto e prazer”, e você, caro leitor, consegue perceber isso acontecer em sua cidade?
Quero esclarecer aqui que, apesar de terem virado referência para urbanistas do mundo todo, os critérios de Gehl são apenas um ponto de partida, um começo. Novamente recorro ao arquiteto Gustavo Ortenblad, eles não são uma solução, mas um desejo: o de resolver um problema. “São critérios básicos, mas que dão subsídios muito grandes do que se espera para o espaço público”, diz o arquiteto.
Eu sei que os problemas de nossas cidades são enormes, as vezes parecem não ter jeito, é verdade. Décadas já se passaram e eles parecem ficar mais difíceis a cada dia. As vezes temos a sensação de que nunca resolveremos os problemas urbanos que temos em nossas cidades. Mas, se não há como resolver tudo de uma vez, pelo menos os 12 critérios de Gehl revelam um ponto de partida ao qual podemos nos posicionar e olhar para o futuro com esperança de uma vida melhor nas cidades. Vamos aos tais 12 critérios de Gehl:
No campo da Proteção
1. Prevenção de acidentes.
2. Combate ao crime e a violência: áreas públicas cheias de vida, olhos na rua, funções simultâneas dia e noite, boa iluminação.
3. Abrigo contra experiências desagradáveis: chuva, vento, calor/ frio, poluição, poeira, barulho. (incluindo ai as paradas de ônibus)
No campo do Conforto
4. Caminhada: fachadas interessantes, boas superfícies, acessibilidade.
5. Paradinha: locais atraentes, convidativos.
6. Descanso: bancos confortáveis.
7. Contemplação: vistas desobstruídas, iluminação.
8. Interação: baixo ruído e mobiliário “de estar” para um bate papo.
9. Exercício e lazer: atividade física, brincadeiras, entretenimento.
No campo do Desfrute
10. Bom tamanho: prédios e espaços feitos para a escala humana.
11. Clima propício: mobiliário que conviva com a variação do tempo (sol/sombra, calor/ fresco, abrigo do vento/brisa).
12. Experiências sensoriais: design com detalhes, bons materiais, vistas agradáveis, árvores, plantas, água.
Parece impossível de conseguir? Pode até parecer, mas o que vem sendo feito na Dinamarca e em outras cidades pelo mundo, mostra que quando se tem vontade de fazer e se tem interesse em resolver problemas, o que parece impossível se torna realidade. se não dá para fazer tudo de uma vez só, que tal fazermos um pouco de cada vez? Em áreas isoladas da cidade, como um "Piloto" e aproveitarmos as experiências positivas ou não, para utilizar como ferramenta para uma cidade mais humana, habitável e acolhedora.
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