Acabo de ler em um sítio de noticias na internet que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) criou hoje, uma comissão para decidir se apresenta ao Congresso Nacional um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, baseado na decisão de ontem do TCU e recomendar a rejeição das contas da presidente no exercício de 2014, vou reproduzir aqui, o que disse o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho: "É indiscutível a gravidade da situação consistente no parecer do TCU pela rejeição das contas da presidente da República por alegado descumprimento da Constituição Federal e às leis que regem os gastos públicos. A OAB, como voz constitucional do cidadão, analisará todos os aspectos jurídicos da matéria e a existência ou não de crime praticado pela presidente da República e a sua implicação no atual mandato presidencial"
Obviamente, a entidade com maior credibilidade técnica para fazer uma analise sobre o que foi sugerido pelo TCU ontem, mas cabe aqui também uma observação de cunho político que me permito fazer, em função das diversas observações que faço dos cenários apresentados e pela extrema convivência que tenho com advogados e militantes político da entidade da classe, a OAB é uma entidade com um histórico viés esquerdista (falo como entidade, não que os advogados como um todo sejam de esquerda) e que sempre se notabilizou pelo enfrentamento político direto, principalmente nos momentos de grande tensão política no País.
O fato de uma entidade com esse perfil, montar uma comissão para analisar um possível pedido de impedimento da presidente, mostra em qual grave se encontra, juridicamente, a situação de Dilma Rousseff e sua manutenção no cargo, a OAB tomar uma atitude como essa, é uma especie de sinal para a sociedade e também para a classe política, de que existem fatos jurídicos relevantes o suficiente para que possa ser instalado um pedido de impeachment da presidente.
Cada dia que passa a situação de Dilma Rousseff só piora, a reforma ministerial que ela fez essa semana, não amenizou em nada a sua relação com o Congresso (ao contrário, acabou criando uma cizânia maior na base), as suas contas foram rejeitadas pelo TCU, a chamada "pauta bomba" continua rolando na Câmara e, para completar, uma entidade simpática à esquerda, monta uma comissão para analisar se entra com um pedido de impedimento, ou seja, foi uma das semanas mais tensas que a presidente teve nos últimos meses, já estamos em outubro e o segundo mandato da presidente ainda não começou.
A pergunta que deixo no ar: Será que começará?
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