O
Rio Grande do Sul passa por um momento extremamente delicado em sua história,
são anos de sufoco, de desgastes, de incertezas e de muita, muita luta para
superar dois, dos que considero os mais sérios problemas do estado nesse momento:
O desafio financeiro e gerencial.
O
Estado gasta mais do que arrecada e, por isso, não consegue cumprir as
obrigações essenciais. Sofre com a mais severa crise das finanças públicas de
sua história e do país, aliada a uma crise estrutural de um setor público
defasado e ultrapassado.
Eu
sei que muitos buscarão ‘Ideologizar” as medidas que possam ser tomadas, usarão
como discurso de “campanha” para as eleições de 2018 e não estarão nenhum pouco
preocupados com as verdadeiras necessidades da população do Estado.
Porém,
chegou o momento da sociedade começar a debater qual o tamanho do Estado que
ela, sociedade, precisa para que possa voltar a crescer e a gerar renda e
riqueza para os que aqui vivem. O Rio Grande do Sul não pode mais viver somente
no passado, é chegado o momento de aprender com os erros e buscar alternativas
que possam tirar o Estado desta situação que é, repito, gravíssima. Nós,
sociedade, não aceitamos mais conviver com o atraso, o desperdício, a
ineficiência e os privilégios de uma estrutura de administração pública ainda
voltada para demandas que são das décadas de 50 e 60 do século passado.
Estamos
no século XXI e é necessário que o governo tenha o dever de se voltar para
aquilo que é mais urgente de ser atacado e que as últimas eleições mostraram
isso: Queremos um Estado que dê atenção à segurança, saúde, educação, infra-instrutora
e empreendedorismo. Tudo aquilo o que não atentar para esses propósitos, de servir às pessoas, não
deve onerar as contas públicas. Não é uma questão de tamanho de Estado,
somente, mas de eficácia, de gerenciamento inteligente daquilo que, de fato,
importa para a maioria dos gaúchos.
Eu
estou analisando as medidas de reestruturação que o governador Sartori enviou
para a Assembléia Legislativa, são medidas duras? Sim, porém, são medidas
extremamente necessárias para que o Estado possa buscar uma recuperação de anos
de irresponsabilidade de gestão (abro espaço para citar apenas a última gestão,
que recebeu o Estado com superávit e entregou com um enorme déficit, muito em
função de seus compromissos com determinados setores que se beneficiam há anos
desse modelo de gestão ultrapassado).
Essas
medidas estão em sintonia com as outras transformações que este governo vem
apresentando desde os seus primeiros dias, tais como a Lei de Responsabilidade
Fiscal Estadual, pioneira no país, o regime de Previdência Complementar, a
implantação de um Modelo de Governança e Gestão, a intensificação da cobrança
da dívida ativa e o combate à sonegação.
Diminuíram-se secretarias, cargos, telefones,
carros, consultorias e gastos secundários. A renegociação da dívida com a União
foi resultado de um esforço coletivo. Mas isso não é o suficiente, é necessário
que as reformas não sejam somente no intuito de diminuir gastos, mas de
apresentar resultados práticos para a população e não somente beneficiar essas
ou aquelas categoria/corporação/partido.
Não
existem soluções mágicas, imediatas e indolores. O Rio Grande precisa dar
continuidade, mesmo em futuros governos, às políticas de equilíbrio financeiro
e modernização da máquina pública. Esse deve ser o pacto político permanente,
para além de partidos, ideologias, poderes, corporações ou outros interesses.
Como
escrevi acima, estou analisando o conteúdo das medidas, mas quero deixar clara
a minha admiração e respeito à este governo por ter a coragem política de
propor essas alternativas para a sociedade, mesmo com a resistência daqueles
que não pensam na população e somente em seus interesses, mesmo enfrentando
aqueles que apenas desejam permanecer com seus benefícios e não se preocupam
com o todo. A atitude do governador Sartori em enviar esse projeto para a
Assembléia vem reiterar um de seus mais falados compromissos durante a campanha
que o elegeu: “Meu partido é o Rio Grande”
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