Escrevi este texto no ano passado, falando sobre o conceito de "Fascismo", como continuo percebendo que a "confusão" continua, estão vou reproduzir o texto novamente:
"Surgido
principalmente nos países que chegaram tardiamente no processo industrial e na
corrida colonialista durante o século XIX, como Itália e Alemanha e como uma
forma de trazer "esperança" para uma enorme camada de campesinos que
migraram para os centros urbanos e que acabaram perdendo seus empregos com o
final da Primeira Guerra Mundial,
O Fascismo surge como uma força progressista, que buscava promover uma industrialização, através de um resgate de uma imagem nacional...
O Fascismo surge como uma força progressista, que buscava promover uma industrialização, através de um resgate de uma imagem nacional...
Afinal de
contas, o que vem a ser o Fascismo? Bom, para os esquerdistas atuais, Fascismo
está relacionado diretamente aos que são identificados como sendo de direita e
ai é que esse "chavão" perde o sentido, pois o Fascismo é a união do
poder econômico com o poder estatal, por exemplo, quando te sentes prejudicado
por uma empresa privada, podes recorrer ao estado ou a outra empresa privada.
Já no Fascismo isso não acontece, pois não existe distinção entre sociedade e
estado, uma espécie de "Estado Total”.
Mas espere
"Estado Total" não nos remete ao Socialismo? Claro que sim, pois o
socialista não concebe uma sociedade dissociada do estado. E de onde podemos
resgatar essa história?
Que tal
falarmos de dois pensadores, Hegel e Descartes? O primeiro falava sobre a
genialidade humana expressada no estado, já Descartes acreditava que se você é
capaz de entender duas ou três leis gerais do Universo, você é capaz de
entender o próprio Universo. Hegel fala do estado e Descartes do Individuo. O
Fascismo identifica as duas coisas, o homem fascista seria o homem total, a
integração entre as duas coisas (Dai a origem de "Integralismo"), uma
comunhão entre a totalidade humana e o totalitarismo de estado.
Seria a personificação
do "Homme Totale" de Descartes, de onde, ao interpretar as idéias
Cartesianas, Heidegger criará o termo "Totalitarismo".
Agora
falemos de outro filosofo, Karl Marx. em sua obra "A ideologia
Alemã", Marx diz que o homem do futuro, trabalharia de manhã na fábrica,
planejaria a empresa na parte da tarde e a noite estudaria filosofia e tocaria
violino, a imagem do homem total, integral. Podemos notar ai certa
similaridade, correto? Pois é, só que no Totalitarismo do tipo Fascista, se
reconhecia ao menos a Igreja como um poder autônomo e independente.
No
Totalitarismo socialista isso não existe, pois o estado regula tudo!
E vem dai
os elementos totalitários de alguns dos atuais movimentos sociais, ou seja, a idéia
de que a política deve permear todas as esferas da vida em sociedade, retirar a
tradição do debate público, a cultura da sociedade. Por exemplo, a religião
deve se ater ao foro privado e intimo. E ai se deixa de lado o
"Consuetudinário", o direito tribal, aquele direito que vem das
tradições e vivencias de uma sociedade. Tudo isso é deixado à margem, dai o
fato da sexualidade, por exemplo, ter que vir em primeiro lugar que a religião,
tirar o crucifixo de órgãos públicos e por ai vai...
Essas
premissas só vingam na sociedade moderna ocidental, tenta colocar essas
discussões e práticas em
uma Arábia Saudita ou em um Irã da vida!!!
Então,
queridos leitores, quando você ouvir a alcunha de "Fascista", saiba
que estamos falando daquele homem perfeito, integral, completo, o homem que faz
parte do ideário socialista, do totalitário e não aquele que quer o estado mínimo,
um estado sem cabides de emprego, sem classes privilegiadas que se escoram na
eternidade de seus cargos públicos, para reivindicarem reajustes de si
próprios. Ser Liberal Conservador, por exemplo, está diretamente oposto ao ser
Fascista, isso é coisa de quem somente consegue enxergar a
"perfeição", no totalitarismo estatal deixa de lado a cultura e as
tradições de uma sociedade."
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