Das colunas sociais e páginas de economia para os registros policiais, O empresário e "modelo de sucesso" de 9, em cada 10 brasileiros, Eike Batista viu seu "Castelo de cartas" ruir ao vincular seus negócios a políticos (políticos esses, da pior espécie, diga-se de passagem). E jamais imaginaria que suas relações com Lula, Dilma e, principalmente, com Sérgio Cabral terminariam com um mandado de prisão contra ele.
Isso tudo apenas dois meses depois da prisão do ex-governador do Rio de Janeiro. Cabral foi indiciado na Lava Jato e preso preventivamente por suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Eike é suspeito de pagar propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador usando bancos estrangeiros. E essa acusação fez desmoronar toda a reputação do até então, exemplo de sucesso financeiro, o tornando um fugitivo da Interpol.
A amizade entre Eike e políticos ligados ao governo federal e estadual do Rio de Janeiro começou por volta de 2005 ou 2006 mais ou menos (lembremos: o Mensalão já era de conhecimento público, portanto, Eike não pode alegar que não sabia das falcatruas de seus novos amigos). Como dizia meu pai: Eike quis juntar "a fome com a vontade de comer", o empresário acreditou que, se juntando com o governo, conseguiria expandir ainda mais os seus negócios, sem o risco de ser incomodado por Receita Federal, Policia Federal, etc.
O pensamento de Eike começou a se materializar em um café da manhã na mansão do empresário no Rio, local onde, na semana passada, agentes da Polícia Federal tentaram prendê-lo. Foi nesse amistoso e farto café da manhã, que Eike começou seus laços com o governador Sérgio Cabral (que hoje sabemos que foi uma aposta errada do empresário).
Nessa época, Sérgio Cabral precisava de um financiador com a carteira recheada; Eike precisava de um político que pudesse resolver eventuais entraves que atrapalhassem os seus negócios. Cabral recebeu R$ 400 mil de Eike e venceu a eleição. Estava consolidada a aliança.
Já no poder, segundo a jornalista Malu Gaspar no livro "Tudo ou Nada — Eike Batista e a verdadeira história do Grupo X": “Cabral franquearia os gabinetes do governo à Eike”. E quando se encontrava com qualquer dificuldade, “bastava (ao empresário) recorrer ao governador, que pegava o telefone imediatamente e emitia uma ordem a algum subordinado resolvendo a situação”. Um exemplo disso? Cabral ordenou que o secretário de Meio Ambiente, Carlos Minc, desse prioridade absoluta ao projeto do Porto de Açu, que necessitava com urgência de licença ambiental. E assim foi feito.
Dai para entrar no esquema da "Lava Jato" foi apenas um "pulo". Eike passou a ser usado como "garoto propaganda" do Brasil "Empreendedor" que os governos Lula/Dilma tentaram "vender" para a sociedade brasileira e para o mundo. Apenas mais uma das ilusões que foram propagadas durante esse período e que, como podemos constatar, nada mais foi do que um grande golpe na economia do País.
Eike deveria escolher melhor suas amizades, principalmente para onde está indo agora. Se bem que,no presidio, as amizades sejam um pouco mais "honestas".
Nenhum comentário:
Postar um comentário