quarta-feira, 6 de março de 2013

Tiro no pé e no bolso...da população!!!

De uns anos para cá, eu venho me perguntando que tipo de assessoramento está sendo dado ao governador Beto Richa ou se ele próprio é quem anda pensando com tanta inabilidade em assuntos importantes de sua gestão. Não é possível acreditar que tantas bobagens tenham saído do palácio Iguaçu, sem que ninguém tenha alertado o governador de suas consequências e de suas complicações. Talvez a mais grave de todas tenha sido abrir mão de ter Gustavo Fruet ao seu lado, apostando que seu prestígio pessoal iria alavancar a eleição de seu vice Luciano Ducci (como se Beto fosse a única liderança reconhecida na capital). O resultado todos já sabem, não só Fruet se tornou prefeito, como, ao se aliar com o PT, deu o "palanque" que faltava na capital para a candidatura de Gleisi Hoffmann ao governo do estado em 2014.

Se não bastasse isso, o governador, tomou mais uma decisão que pode ser um "tiro no pé" (só que dessa vez, o "tiro", acerta no bolso da população também). Ao decidir não renovar o subsídio que ele mesmo criou, em ano eleitoral, para segurar o preço da passagem de ônibus e não criar esse problema para o seu candidato, o governador vai criar um enorme problema que vai afetar não somente o preço da passagem na capital, mas o preço da passagem em toda a região metropolitana de Curitiba. A URBS não tem como manter a integração do transporte coletivo com a região metropolitana, sem que a tarifa pule para mais de R$ 4,00 o que deixa a situação muito complicada para a empresa curitibana de sustentar uma integração nesses moldes.

Algumas fontes da prefeitura já me deixaram claro que a atual gestão de Fruet não pensa em terminar a integração com a região metropolitana, que a equipe do prefeito vai revisar os parâmetros do convênio entre a URBS e a COMEC. Não podemos esquecer que, quando candidato à prefeito, Richa, então vice prefeito de Cássio Taniguchi,  segurou o preço da tarifa das passagens de ônibus para se beneficiar eleitoralmente disso, causando um enorme rombo no sistema, que de acordo com as mesmas  fontes na prefeitura, já passa de 200 milhões de reais.  O jogo ai é político e não administrativo, o governador quer passar para a "conta" política do prefeito, o ônus de aumentar a passagem de ônibus muito acima do que vinha sendo realizado e com isso, criar um problema político grande para o prefeito e seus aliados (isso ficou bem claro na declaração do líder do governo na assembléia deputado Traiano, dizendo que "o prefeito quer empurrar o problema das passagens para se livrar do problema").

A responsabilidade da prefeitura existe e ela está cuidando disso,aliás,  com uma transparência que eu ainda não tinha visto na gestão municipal. Agora cabe sim, ao governo do estado, vir de público explicar por que o subsídio foi dado em 2012 (insisto, em ano eleitoral) e agora, que o prefeito não é mais seu aliado, esse subsídio acaba sem nenhuma outra explicação, colocando em risco o sistema de integração do transporte coletivo da região metropolitana de Curitiba. O próprio secretário de Desenvolvimento Urbano ratinho Junior declarou em entrevista à rádio CBN que a possibilidade de acabar a integração na rede metropolitana é um absurdo e que jamais iria acontecer e que sua secretaria não mediria esforços para a permanência do sistema (em tempo, a COMEC é subordinada a secretaria de Desenvolvimento Urbano).

E agora? O que fazer? Será que nenhum dos vários assessores do governador chegou com ele e mostrou que essa ação pode se reverter contra ele nas eleições do ano que vem? Que ao invés de deixar o prefeito como "responsável" por isso tudo, a população comece a perceber de onde vem o problema? Bem, espero que o bom senso prevaleça e que o governador entenda que não se pode fazer política dessa forma. Governo do estado e prefeituras devem ser parceiros, quando o interesse da população está em jogo. E nesse caso, o interesses de milhares de pessoas está muito em jogo. Sinceramente eu espero que essa situação possa ser resolvida da maneira mais correta e sem nenhum prejuízo ao usuário do transporte coletivo da região metropolitana. Caso contrário, a população vai saber de onde saiu o "tiro" que acertou o seu bolso!!!

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