sexta-feira, 10 de julho de 2015

O "Esquerdismo" do Papa

O papa Francisco fez um discurso claramente anticapitalista em sua visita à Bolívia, bem ao estilo "Esquerda Caviar", defendeu mudanças estruturais contra o que ele chamou de  “ditadura sutil” das forças do mercado. 
Disse sua Santidade: “Reconhecemos que este sistema impôs a lógica dos lucros a qualquer custo, sem pensar na exclusão social ou na destruição da natureza?” 
Na fala de Francisco é fácil detectarmos ao menos 3 mentiras vorazmente repetidas pela esquerda mundial sobre o Capitalismo. Ei -los:
1 “O Capitalismo destruiu a natureza”
Logo de cara parece difícil discordar dessa "verdade absoluta" dita por sua Santidade. 
Da Revolução Industrial do século XIX até a China dos dias de hoje, o avanço das fábricas cria nuvens negras nas cidades. O que pouco se diz é que só depois de um certo nível de prosperidade (criada pelo Capitalismo) surge a preocupação dos cidadãos com o meio ambiente.
Isso fica claro com o seguinte dilema. Imagine o amigo do Blog que está prestes a morrer de fome e consegue caçar uma onça.
Bah, mas tem um problema: trata-se de um animal em extinção, talvez o último sobrevivente daquela espécie de onça. 
Quem preza pela própria vida até lamentaria o fim de tão bela espécie, mas comeria o infortunado animal sem pensar duas vezes, certo?. Já o caro amigo que lê este Blog e deve está de barriga cheia, ficaria com "pena" do bicho e, provavelmente, pouparia a onça. 
Ou seja, somente os países enriquecidos pelo Capitalismo podem se dar ao luxo de se importar com a natureza.
Os economistas chamam esse fenômeno de “curva ambiental de Kuznets”. Isso ocorre quando um país atinge a marca de US$ 4.000 de renda per capita, a ecologia entra na agenda pública. 
Florestas, animais, ar e rios limpos ganham relevância. Mais uma vez é o exemplo da gloriosa China, que agora, mais rica, luta para despoluir as cidades. 
Os antigos e novos Países comunistas (de verdade, não como o "Frankeinstein" chinês) nunca chegaram a esse nível de renda e, obviamente, em função dessa situação, avançaram sobre a natureza com muito mais força que os Capitalistas.
Alguém recorda das velhas e carcomidas industrias poluentes da antiga "Cortina de Ferro"???
2 “O Capitalismo nos tornou egoístas”
Bem, seria preciso encontrar um modo de medir o egoísmo em diferentes épocas da História social humana. 
Isso é impossível ou seja, a opinião de Francisco é frágil, sem base de sustentação cientifica (meninos, História é ciência, não brincadeira). 
Por um raciocínio assim,  sem provas ou medições corretas, eu me acho no direito de supor o contrário. 
Da mesma forma como a prosperidade possibilitou a preocupação com a natureza, facilitou a caridade e a preocupação com o próximo. 
Aqui, queridos amigos, me permitam mostrar  um exemplo. 
Se o amigo leitor deste Blog tem cinco sacos de arroz em casa, e vai precisar de todos os cinco nos próximos meses, fica difícil doar um deles. Mas se o estoque conta com dez sacos, destinar alguns aos pobres se torna barato. 
O Capitalismo de massa, ao possibilitar a abundância, acabou "barateando" a caridade e deu força a outras lógicas, além da “lógica do lucro” do discurso do Santo Padre...
É só olharmos os bilionários que andam por ai, tipo Bill Gates, que doa mais da metade da sua fortuna, provando para quem quiser ver, que é mais fácil ser caridoso quando se tem dinheiro. 
3 “O Capitalismo exclui os mais pobres”
Antes do capitalismo industrial, 4 em cada 10 pessoas morriam ou durante a gestação ou até completar 15 anos. 
Crises de fome ceifavam 10% a 15% da população pelo menos uma vez por século, tá duvidando, vai estudar História...
Roupas, eu disse, roupas, de tão caras, eram colocadas em testamentos como herança. 
Quase todos os gordos eram ricos, mas só os ricos tinham comida de sobra.  
Quem ingeria 900 calorias por dia poderia se considerar um sujeito de muita sorte, já nos dias atuais, temos que nos esforçar e fazer regimes absurdos para ingerir menos que 2400 calorias. 
A altura média dos homens passou de 1,68 metro (no século XVIII) para 1,80 metro hoje. 
Sou católico e posso ser considerado um blasfemo por discordar do "Portador do anel do Pescador, mas não foi o Capitalismo que excluiu os pobres, e sim a falta de um sistema como ele, e para aqueles de esquerda que se tornaram "Fã" de Francisco, não esqueçam de um detalhe: O Papa representa uma instituição de mais de 2.000 anos e, como tal, ele é um Conservador, pois sempre ao defender a Igreja, ele defenderá a primazia do Passado sobre o Futuro, além do que, a Igreja pode até ter algumas criticas pontuais ao Capitalismo, porém, tem criticas totais ao Socialismo.

Não se pode servir a dois senhores!!! 

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