terça-feira, 8 de novembro de 2016

Direitos, para humanos?

Enquanto Porto Alegre vive uma crise na segurança sem precedentes, volta a ser notícia o fato de que equipes de brigadianos tiveram que ficar vigiando presos que tiveram que ficar em viaturas, em função da falta de vagas nas casas penais do Estado.. Em vez de patrulhar ruas, os BMs se revezam para custodiar foragidos, assaltantes e traficantes, que passaram, pelo menos, a noite dentro de viaturas. 

A falta de vagas em delegacias e casas penais é um problema gravíssimo, mas o que me chamou atenção também foi outro aspecto desta inusitada situação, o "escândalo" que foi protagonizado por alguns grupos de "Direitos Humanos" que aproveitaram da situação para ser a "voz" dos excluídos e coitadinhos do sistema, que ficaram em "situação" de humilhação e risco.

O que me chama a atenção nesses grupos é a velocidade com a qual se colocam ao atacar as ações, principalmente dos órgãos de segurança, que com muita dificuldade, buscar realizar o seu trabalho da melhor maneira possível. É lamentável como esses grupos deturpam o conceito de “Direito Humano”. 

Não vou falar aqui o chavão propagado sobre os direitos das vítimas (isso é tão elementar que não vou me ater à isso), mas quero ressaltar os inúmeros casos de trabalhadores que são colocados em situações de extrema humilhação e periculosidade, mas mesmo esses profissionais, somente os mais pobres (aqueles que profissões que não requer quase nenhuma qualificação) recebem o “apoio” destes grupos.

Ai eu penso: E os corretores de imóveis que são obrigados a realizar plantões em contêineres ou ao relento, sem nenhum apoio logístico as vezes? Os médicos que são obrigados a fazer plantões de até 48 horas em muitos casos, por falta de outros profissionais para substitui-los? Os brigadianos que vão trabalhar sem as minimas condições necessárias para enfrentar bandidos com muito mais armas do que eles? Os motoristas de ônibus e caminhão que dirigem horas em péssimas estradas e durante um enorme período de tempo?

Dirão alguns: “Existem as leis trabalhistas para cuidar disto”. Mas falo do direitos que esses profissionais tem, como humanos, de serem “protegidos” por quem se diz defensor de “Direitos Humanos”. Onde a ótica foi distorcida, no momento em que somente os que atentam contra o direito do seu semelhante merecem ser protegidos por essas entidades. Cada vez mais esses preceitos e óticas esquerdistas que invertem aquilo que podemos entender como o correto e o indicado para a sociedade.

Sei que o que estou colocando neste texto pode e vai causar controvérsias. Mas a intenção deste blog sempre foi a de despertar discussões sobre temas que considero relevante para a sociedade. Não aceito que marginais e traficantes sejam torturados, mas também não aceito que esses mesmos bandidos sejam tratados como “coitadinhos”. Quem não consegue viver em sociedade, não merece que sejam despendidos esforços, inclusive com dinheiro público, para favorecer os interesses de grupos políticos e mais, de bandidos e organizações criminosas.

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