terça-feira, 8 de novembro de 2016

Segurança? Para quem?

Quero abordar nesta postagem, um tema de extrema relevância para a sociedade brasileira e que, aqui em Porto Alegre foi inclusive foi o tema mais importante do recente processo eleitoral, falo da segurança pública. Como não sou um especialista no assunto, mas tenho o cuidado de conversar e ler com especialistas, eu me atrevo a escrever sobre o tema, mesmo sabendo que causarei controvérsias entre os leitores.

Por isso vou me concentrar em uma questão importantíssima que diz respeito ao problema da segurança pública, falo da questão do "Estatuto do Desarmamento".  Em um país em que muitas vezes os valores se invertem e, nessa espécie de guerra urbana e social contra a violência diária, contra a marginalidade que cresce assustadoramente, contra a criminalidade que aumenta gradativamente a todo tempo em todo lugar, comprova-se que o Estado protetor (o "Pai Estado") mostra-se ineficiente para debelar tão afligente problemática e por isso teima em produzir programas emergentes que surgem e insurgem sem atingir os seus reais objetivos. 

Um deles, pelo menos até agora, ao invés de proteger a sociedade deu maior segurança aos bandidos, ou seja, inverteu os seus valores, O projeto de desarmamento estudado e executado pelo Governo Federal desde 2003, contra a vontade popular é bom deixar bem claro (lembram do plebiscito?), demonstra ser nesses quase 13 anos uma ação derrotada e inócua que age ineficazmente na tentativa de reduzir a criminalidade no país e deixa cada vez mais a população órfã de proteção.

Enquanto a população brasileira foi literalmente desarmada por conta do famigerado "Estatuto do Desarmamento", os bandidos estão cada vez mais armados. Enquanto foi retirado o direito do cidadão de se defender do bandido com a proibição de sequer possuir uma arma de fogo em sua própria casa sem passar por extrema burocracia, o bandido por sua vez, facilmente consegue armas até mesmo com alto poder de fogo, para se defender da Polícia, atacar o povo e ferir a ordem do país. Para o bandido, o "Estatuto do Desarmamento", foi uma "benção" pois cada bandido sabe que a sua vítima tem 95% de chances de estar desarmado, portanto, um "alvo" bem mais fácil.

É um fato concreto que o chamado crime organizado, infame organismo que alimenta o tráfico de drogas, criminosos perigosos e contumazes, quadrilhas de assaltantes, consegue transitar e abastecer a marginalidade com armamento privativo das forças armadas, tais como: Metralhadoras, fuzis, bazucas, morteiros, granadas, ou mesmo outras mais usadas a exemplo das escopetas, pistolas e revolveres. 

Essas armas provindas de diversas nacionalidades ingressam pelas nossas gigantescas e mal guarnecidas fronteiras e chegam às mãos dos bandidos de maneira inexplicável e não tem nenhum estatuto que possa inibir isso. Na verdade, o estatuto somente favorece ao crime organizado, deixando uma população desarmada e indefesa, a mercê de uma proteção que o Estado não consegue ofertar para a sociedade.

Retirar as armas de fogo dos cidadãos foi muito fácil, pois essas pessoas, não sendo marginais, logo cumpriram a Lei e depuseram suas armas com a esperança de que a violência fosse realmente estancada, contudo ainda não foi, muito pelo contrário, aumentou substancialmente, pois o desafio da polícia em desarmar os bandidos parece ser intransponível. Quanto mais se prendem os marginais armados mais armas aparecem em poder de outros e até dos mesmos quando são postos em liberdade pela Justiça.

Assim, nós, sociedade, vivemos acuados, desarmados e presos por grades, cercas elétricas, alarmes,em nossas próprias residências e, os mais variados tipos de criminosos andam soltos nas ruas a caça das suas vítimas, aumentando de forma geométrica o número de latrocínios, roubos e sequestros em todos os lugares. A Polícia por mais esforçada que seja, em virtude da falta de contingente adequado, de uma maior estrutura, de uma melhor organização, de um verdadeiro incentivo com salários condizentes aos seus membros, não consegue romper tais obstáculos e sempre é considerada culpada de forma injusta por inoperância pela nossa sociedade como se fosse a única responsável por tal situação, coisa que sabemos que não é.

O cidadão nas ruas, como citei anteriormente, virou um alvo em determinados locais. Um alvo que tem que ser um maratonista, velocista, contorcionista, trapezista e até mágico para se esquivar das balas perdidas. Um alvo que tem que optar por dar apoio aos traficantes de drogas sob pena de morte. Um alvo no seu veículo ultrapassando os sinais de transito e recebendo multas para não ser sequestrado ou assaltado e morto. Um alvo desarmado sem direito a defesa própria contra o marginal sempre bem armado. Um alvo que tem que contratar segurança particular para sobreviver. Um alvo que ainda tem que agradecer ao criminoso por apenas lhe levar seus bens materiais. Um alvo esperando sempre que apareça algum policial para lhe salvar. A que ponto chegamos!

O "Estatuto do desarmamento" veio para nós, cidadãos, de uma forma cínica e criminosa de nos tirar o direito de nos defendermos e defendermos as nossas famílias, deixando os marginais à vontade para e até mesmos "seguros" de que poderão praticar seus crimes e não terão reação por parte de suas vítimas em função das mesmas estarem desarmadas e despreparadas para reagir quando são agredidas em seu direito à vida e a propriedade. Esse tipo de política jamais dará certo enquanto não tivermos uma séria e efetiva política de segurança pública, onde as fronteiras sejam protegidas, onde tenhamos uma cultura de valorização da sociedade e da propriedade.
Esse discurso esquerdista de que o Estado é quem deve proteger o cidadão nada mais é do que uma forma descarada de dominação. Em toda sociedade "desarmada", o poder do Estado sempre ultrapassou seus limites constitucionais. Não foi a toa que Stalin, Hitler e outros ditadores de plantão, logo ao tomarem o poder, buscaram desarmar a população, com o discurso de que cabia ao Estado proteger os seus e com isso, melhor podia controlar a sua população (o resto, a história já nos mostrou o que aconteceu). No último domingo foi realizado um ato aqui em Porto Alegre a favor de que o cidadão tenha o direito de possuir uma arma para a sua proteção, esse tema ainda causa muita polêmica em função da falta de informação da sociedade (outra prática comum da esquerda, desinformar).
Espero que essa manifestação não se encerre por ai, que tenhamos ações práticas no intuito de modificar e até derrubar esse famigerado estatuto. A maioria da população brasileira tem o direito de se defender dos bandidos e até mesmo do próprio Estado. Chega dessa "Ditadura Cultural" de esquerda que durante décadas nos "cegou" para a realidade. É mais que chegada a hora que o cidadão tome as rédeas de sua vida e de sua segurança, pois como podemos constatar a cada minuto, o Estado falhou nesse papel.




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